Agressão

Mulher é agredida por PM em lanchonete por ‘pedido errado’, no Rio de Janeiro

Câmeras de segurança de uma lanchonete flagraram um policial militar arrastando uma funcionária pelo chão,…

Câmeras de segurança de uma lanchonete flagraram um policial militar arrastando uma funcionária pelo chão, puxando-a pelos cabelos e agredindo-a com coronhadas na cabeça e chutes no corpo, especialmente nas costelas. Policiais da Corregedoria da Polícia Militar estiveram na manhã desta quinta-feira no local, a Núbia Lanches, na Rua Mandina, em Curicica, Jacarepaguá.

Eles convidaram a comerciante agredida, Liz Pacheco, de 24 anos, a comparecer à 2a Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) para prestar depoimento sobre as agressões sofridas na madrugada. A agressão do militar foi causada a partir de um desentendimento em relação a entrega do sanduíche.

Segundo Liz, os agentes concordaram com o pedido de não ficar frente a frente com o acusado de agressão na corregedoria, para onde o PM foi levado preso.

“A mulher dele ligou dizendo que havíamos errado de sanduíche. Tentei explicar a ela que o sanduíche levava molho. Tudo que eu dizia, ela repetia para alguém que estava do lado dela no telefone. De repente o policial pegou o aparelho e começou a me xingar, a me chamar de piranha, de ignorante” relata.

Depois das agressões do militar, que manteve a arma em punho durante toda a ação, Liz foi levada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Ao ser atendida, precisou levar três pontos na cabeça e tratou de escoriações pelo corpo.

Ela contou que o o motivo de tanta violência por parte do policial se deu por causa de um sanduíche chamado Barbie Bacon. Segundo ela, o molho barbecue, motivo da reclamação, faz parte do sanduíche. Na sequência, segundo a vítima, o PM exige um novo sanduíche, que saiu para a entrega, pelo telefone.

Acesse o vídeo aqui.

“Ele quis um outro sanduíche mas eu disse que não iria mandar porque ele estava me agredindo verbalmente. Acabei cedendo e mandei um motoboy entregar o hambúrguer na casa dele, no Recreio. Mas o policial chegou aqui antes de o motoboy chegar lá. Ele perguntou ‘quem é a piranha que falou com ele pelo telefone?’. Eu me identifiquei e levei um tapa na cara. Depois, corri para fechar a porta do balcão e levei mais um tapa na cara. Me puxou pelos cabelos, me arrastou pelo salão, me deu coronhadas na cabeça chutou muito minhas costelas. Estou com o corpo todo doído. Levei três pontos na cabeça. Ele é um monstro espero que não saia da prisão tão cedo” contou Liz.

A comerciante disse ainda que o policial percebeu que havia câmeras no estabelecimento e ameaçou dizendo que se imagens suas aparecessem em algum lugar explodiria a cabeça de todos os que estavam ali e que jogaria uma granada na lanchonete.

A preocupação da família foi divulgar as imagens o mais rapidamente possível para que as autoridades prendessem o agressor. Porém, diante das ameaças, a família pensa em fechar o comércio que tem 13 anos no bairro de Curicica.