Uma mulher cuja identidade não foi revelada foi condenada a um ano e quatro meses de prisão por injúria racial. O motivo: fazer comentários racistas em uma página do Orkut. A rede social do Google saiu do ar, mas isto não impediu que o caso ocorrido em 2012 parasse na Justiça. Segundo o Olhar Digital, a coisa toda aconteceu pela mulher usar ofensas raciais ao lavar roupa suja na internet com sua concunhada, de quem foi madrinha de casamento.
Nas fotos do casório, ela comentou coisas como “beiçuda de nego”, “mundiça”, “pobretona” e “nega burra matuta”. O resultado do processo foi divulgado pelo Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED) do Ministério Público do Distrito Federal. Por ser na internet, a Justiça entendeu que a proliferação das ofensas foi facilitada, o que resultou no aumento da pena em um terço. Mas não vai ser agora que a acusada vai ver o sol nascer quadrado: sua pena foi convertida em multa, trabalhos comunitários e ela terá que pagar os custos do processo.
Em nota divulgada pelo NED, o promotor Thiago Pierobom comentou que: “Essa condenação é importante por dois motivos. Primeiro, porque há uma ilusão de que crimes praticados na internet não são punidos. Segundo, porque a ré é pessoa de classe alta da cidade de João Pessoa/PB, de sorte que a condenação reforça que todas as pessoas são iguais perante a lei”. Ainda cabe recurso.