Mulher é condenada por matar grávida de 15 anos para pegar o bebê, em São Paulo
A Justiça condenou a 34 anos e seis meses de prisão a dona de casa acusada…
A Justiça condenou a 34 anos e seis meses de prisão a dona de casa acusada de matar uma adolescente de 15 anos que estava grávida de oito meses para ficar com o bebê dela. Mirian Aparecida Siqueira foi condenada por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, dissimulação e meio cruel. O caso aconteceu em 2016 na cidade de Pitangueiras, São Paulo.
Mirian também foi condenada por ocultação de cadáver e fraude processual. Ela segue presa em Tremembé, a 145 quilômetros da capital, e a defesa estuda se irá recorrer da decisão.
Segundo a Polícia Civil (PC), Mirian Siqueira cometeu o crime porque havia mentido aos familiares sobre gestação. A menor Valíssia Fernandes de Jesus foi atraída à casa de Mirian sob o pretexto de receber doações de roupas. Mirian convidou a menor para que passasse em sua casa para pegar parte do enxoval.
Na residência, Valíssia chegou a ser vista por Mateus Cardoso, companheiro de Mirian. Ele deixou as duas mulheres no local e disse que voltaria em breve. Minutos depois, ao regressar, encontrou Mirian na esquina da rua onde morava, com a roupa suja de sangue e gritando.
Ao entrar na casa, Mateus encontrou o corpo de Valíssia esfaqueado em um tambor de lixo. O corpo do bebê estava no banheiro da casa. Ele chamou a polícia e, ao sair para encontrar a companheira, percebeu que ela já tinha desaparecido. Mirian acabou se entregando à polícia dois dias depois. Ela foi presa e, desde então, aguardava pelo julgamento na cadeia de Tremembé, para onde voltou e seguirá cumprindo pena.
Família
Segundo Hélida Oliveira, irmã de Valíssia, o bebê já tinha nome: Katherine. “A família estava ansiosa pela chegada dela. A gravidez não foi desejada, mas a criança era muito bem-vinda. Compramos todo o enxoval, acompanhamos nas consultas, fazíamos as escolhas junto. Tanto minha irmã quanto a bebê eram muito amadas”.
Hélida afirmou que todos os familiares ficaram muito abalados durante o julgamento. “Minha mãe chorou bastante, ficou emocionada. Nossa família foi devastada, mas pelo menos a condenação aplacou um pouco isso”.