Crime no Judiciário

Mulher é presa após tentar esfaquear juíza dentro do Fórum da Barra Funda

Uma mulher de 55 anos foi presa acusada de tentar esfaquear uma juíza, por volta…

Uma mulher de 55 anos foi presa acusada de tentar esfaquear uma juíza, por volta das 16h desta segunda-feira (9), dentro do Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste da capital paulista). Uma faca foi apreendida com a suspeita, que responderá por tentativa de homicídio.

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) admitiu em nota que a suspeita conseguiu entrar armada no fórum por “falha humana”, pois passou armada pelo detector de metais, e que apura o caso.

Segundo a polícia, a juíza do 3º Tribunal do Júri, cuja identidade não foi informada, realizava uma audiência quando a suspeita entrou no local. A acusada teria aproveitado que uma advogada abriu a porta da sala e a seguiu.

A suspeita questionou a magistrada se ela era juíza, segundo o boletim de ocorrência. Após confirmação, a acusada teria sacado uma faca e gritado: “Você me condenou. Você me condenou.”

Segundo a polícia, estagiários que estavam na sala pediram ajuda a um policial militar do fórum. Ele e outro PM conseguiram desarmar a acusada.

Até a chegada dos policiais, de acordo com relatos de testemunhas à polícia, a juíza teria tentado acalmar a acusada explicando que, na Vara do Júri, o corpo de jurados é que decide sobre a condenação de réus. “Contudo, aquela mulher [suspeita], nitidamente transtornada, continuava a gritar e se aproximou da vítima […] dando claros sinais de que pretendia atentar contra a vida dela [juíza]”, descreve o boletim de ocorrência.

Segundo o TJ, a suspeita foi presa em 2018 após cometer um crime não informado em Itapecerica da Serra (Grande SP) e conquistou o direito de cumprir a pena em liberdade em 17 de setembro deste ano. A defesa dela não foi encontrada pela reportagem.

Resposta

Segundo o TJ-SP, uma “falha humana” possibilitou que a suspeita entrasse armada no fórum, apesar de o local possuir detector de metais. O tribunal apura o que teria acontecido.

Questionado sobre o número de armas apreendidas nos fóruns da cidade neste ano, o TJ não respondeu, argumentando “não haver tempo hábil” para o encaminhamento da resposta à reportagem.