Mulher supostamente agredida é suspeita de atacar marido com água fervente
Homem já foi alvo de diversas denúncias, as quais nunca tiveram andamento. Ele nega as agressões
Uma mulher, de 34 anos, é suspeita de atirar água fervente contra o marido, de 47, durante uma discussão na madrugada desta quarta-feira (3). A mulher afirma ter sido agredida fisicamente. O caso aconteceu no Bairro Heliópolis, no Norte de Belo Horizonte (MG).
Os policiais que atenderam a ocorrência contaram que a mulher foi encontrada aos prantos, assustada. Ela disse que jogou a água fervente no companheiro por legítima defesa, após o mesmo a agredir na cabeça com um soco, após ofensas verbais. “Só estava me defendendo, não tinha a intenção de matá-lo’’, afirmou.
Em depoimento, a mulher revelou que se relacionava com o homem por seis anos e que a convivência sempre foi complicada e abusiva. Ela contou que era constantemente humilhada verbalmente pelo homem e, em um episódio, chegou a ser agredida enquanto estava grávida.
A PM mineira afirma que já havia registros de denúncias contra o homem por agressão, mas a mulher desistia de dar sequência aos procedimentos pois ele sempre “se retratava” após a violência.
A mulher ainda contou que era vítima de violência psicológica. Segundo ela, o marido a chamava de doida constantemente e também a ameaçava de lhe retirar a guarda dos filhos.
A suspeita sustentou que o marido vendeu todos os celulares dela e que sempre ameaçava os familiares que iam ajudá-la. No momento da confusão, ela tentou pedir ajuda pelo celular do marido, mas ele se recusou de entregar o aparelho e saiu correndo do apartamento. Ela, então, decidiu descer na portaria e ligar para a polícia.
Outro lado
Já o marido contou outra história: “estávamos discutindo por problemas financeiros, ela foi até a cozinha, colocou uma água para ferver e eu estava deitado no sofá, do nada ela chegou próximo a mim e jogou a vasilha de água fervendo sobre o meu corpo.”
O homem completou dizendo que a mulher teria buscado uma faca e, nesse momento, segundo ele, decidiu sair correndo do apartamento para pediu socorro. “Ela é doida, faz tratamento contra arritmia cerebral (sic)”, acrescentou.
O caso ainda segue em investigação já que a PM não confirmou a denúncia de agressão. A mulher teve escoriações no pescoço e colo, foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Venda Nova e liberada em seguida.
O homem foi levado para o Pronto Socorro do Hospital João XXIII e, segundo o hospital, teve queimaduras em 20% do corpo e ficará em observação por cerca de uma semana. Ele não corre risco de morte.
*Com informações do Jornal Estado de Minas