Mulheres acusadas de aplicar golpe “boa noite, Cinderela” em bares do DF são condenadas
Segundo as investigações, as mulheres abordavam homens em bares e os dopavam roubando pertences de suas residências
A Justiça do Distrito Federal (DF) condenou cinco mulheres por aplicar o golpe “Boa noite, Cinderela” em frequentadores de bares da capital com a intenção de roubá-los. A líder da associação criminosa teve pena de mais de 35 anos de prisão. As outras quatro mulheres também foram sentenciadas e, somadas as penas de todas, a condenação chega a 75 anos de prisão.
Segundo as investigações, o grupo era liderado por Shirley Marinho da Silva que planejava os crimes. Já Ana Cristina Moura Evangelista, Késsia Alves Pereira, Pâmella Marinho de Jesus e Larissa Vieira Silva atraíam os homens, seduziam, dopavam e roubavam os pertences das vítimas.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) constatou que os rapazes eram atraídos pelas criminosas com o convite de ingerirem bebidas alcoólicas.
Posteriormente, como parte do plano criminoso, as acusadas colocavam o medicamento Clonazepam na bebida das vítimas para dopá-las. A substância é mais conhecida como “Boa noite, Cinderela” e é responsável por inibir as funções do sistema nervoso central, causando um tipo de sedação e relaxamento muscular.
Ainda conforme os autos do processo, o grupo começou a agir em 2018 e permaneceu até abril de 2021, mês em que foram presas. Shirley foi denunciada por sete roubos nas regiões de Ceilândia, Taguatinga e Águas Claras.
As outras quatro mulheres foram denunciadas pelo Ministério Público do DF (MPDFT) por roubo qualificado, corrupção de menores e associação criminosa.
Na sentença final, Shirley recebeu uma pena de 35 anos e 2 meses de reclusão em regime inicial fechado. Ana Cristina recebeu 25 anos e 78 dias-multa; Késsia foi condenada a 30 anos e 4 meses; Pâmella, a 13 anos e 5 meses; e Larissa, a 7 anos e 2 meses.