O músico Antônio Rodrigues de Brito foi denunciado pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver cometidos contra a corretora de imóveis Núbia Francisco de Souza Santos, no último dia 16, em Guapó. Além da denúncia, protocolada pelo promotor de Justiça Marcelo Franco de Assis Costa, foi pedida também a conversão da prisão do acusado em preventiva, de modo a garantir que ele não volte a praticar novos crimes.
Segundo consta na denúncia, no dia 12 de maio, Antônio vendeu dez jogos de mesa a Núbia, que possuía uma loja de compra e venda de móveis usados. Na ocasião, a mulher teria dito a Antônio que precisava de um freezer usado e de outras mesas, tendo o denunciado se oferecido para ajudá-la.
Eles, então, combinaram um encontro em local próximo ao Terminal Bandeiras, em Goiânia, para que juntos visitassem o local onde os móveis estariam disponíveis. No dia marcado, Núbia buscou o denunciado no local combinado e dirigiram-se a um local próximo à cidade de Cesarina.
Já na BR-060, a 10 km de Guapó, Antônio disse à vítima que precisava urinar, fazendo com que ela parasse o carro no acostamento. Ele, então, aproveitou o momento para asfixiar Núbia, apertando o pescoço com as duas mãos. A vítima ainda tentou reagir, debatendo-se, mas acabou falecendo. Antônio colocou o corpo no porta-malas e seguiu dirigindo em direção a uma estrada vicinal à BR-060.
Ao alcançar as imediações de uma propriedade rural, o homem pegou uma corda e um elástico que encontrou no veículo da vítima e usou-os para amarrar os pés e o pescoço da vendedora, além de amordaçá-la. Após amarrá-lo, Antônio jogou o corpo em um córrego, com o intuito de ocultar o cadáver da vítima.
Após o crime, o denunciado apanhou o dinheiro que pertencia a Núbia, um total de R$ 850,00, e dirigiu de volta para Goiânia, abandonando o veículo na GO-060, próximo ao clube Pite. Preso, Antônio acabou confessando o crime.
Para o promotor, o denunciado subtraiu para si coisa alheia móvel mediante violência, que resultou na morte de Núbia. Dessa forma, Marcelo Franco requer a condenação de Antônio nas sanções dos artigos 157, § 3 (latrocínio), última parte e artigo 211 (ocultação de cadáver), do Código Penal.