//
Na semana em que a Operação Lava Jato colocou na cadeia o marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, o PMDB leva ao ar um programa partidário em que se apresenta como opção para “tomar a dianteira” do Brasil. Durante dez minutos, dirigentes da sigla fazem duros ataques à má gestão que provocou a atual crise econômica brasileira – em clara referência a Dilma.
Prestes a promover uma convenção nacional em março, quando pode debater o desembarque do governo Dilma Rousseff, o partido apresenta no comercial uma nova versão do Plano Temer, lançado no ano passado sob o título “Uma ponte para o futuro”, e sinaliza uma candidatura própria à Presidência em 2018.
O vice-presidente da República, Michel Temer, afirma que o país vive dias difíceis “principalmente em função dos próprios erros”. Ele afirma que a desconfiança e o pessimismo são naturais, mas não ajudam em nada. Temer pede “união de verdade” e “diálogo” para o país sair da crise. “O Brasil precisa de pacificação e de consenso. E é para já”, afirma Temer. “Tenho plena convicção de que é possível recobrar o ânimo, resgatar a confiança e reabrir as portas para o crescimento.”
“Por ser o maior partido do Brasil e ter forte representatividade em todo o território nacional o PMDB é hoje partido que reúne as melhores condições de promover uma unidade e pacificar a política”, diz o deputado Hildo Rocha (MA). Com estética soturna, o partido afirma que o país terminou 2015 e começou 2016 sem rumo por causa de desentendimentos, com crescimento de desemprego e da inflação. “Nem a banana é vendida mais a preço de banana”, destaca o PMDB. “O brasileiro empobreceu e entristeceu e o país precisa reagir já.”
O programa será exibido na quinta-feira em rede nacional de rádio e televisão.