Nível do mar está subindo mais rápido do que cientistas esperavam
Pesquisadores acreditam que problema pode sair do controle
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Parece que as previsões do aquecimento global estão começando a realmente se concretizar. Um estudo divulgado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que o nível do mar está subindo ainda mais rápido que os cientistas esperavam.
O levantamento comprou que o índice de aumento do nível dos mares é maior do que as primeiras estimativas mostravam. De acordo com Eric Morrow, responsável pela pesquisa, os estudos iniciais levavam em conta as taxas registradas entre 1900 e 1990.
Se eles fossem fazer uma projeção a partir desses 90 anos, a taxa seria um número inferior ao que eles atestaram entre 1990 e 2010. Ou seja: nos últimos 20 anos, o nível do mar aumentou significativamente, em uma velocidade superior a maior parte do século 20.
Antes, os cientistas acreditavam que nos últimos anos a média de aumento dos mares seria entre 1.5 mm e 1.8 mm, mas já está claro que esses números serão bem maiores daqui para frente, com no mínimo 3 mm por ano.
A pesquisa reforça que essa é a média mundial, mas que na realidade existem locais do planeta em que os níveis dos oceanos estão aumentando ainda mais rápido do que os números apresentados. Para chegar aos resultados do levantamento, os pesquisadores utilizaram não apenas o instrumento mais famoso para controlar o aumento do nível do mar – o marégrafo – como também informações sobre o derretimento das geleiras, expansão termal e circulação oceânica.
Os locais mais afetados do planeta é a costa de Miami, no sul dos Estados Unidos, Xangai, na China, e Jacarta, Indonésia. Informações sobre a situação da costa brasileira não foram divulgadas na pesquisa.
Um dos principais problemas causados pelo aumento do nível dos mares é a diminuição de massa terrestre, ou seja, menos locais do mundo continuariam habitáveis. Além disso, o aumento do nível dos mares também pode ser bastante prejudicial para o ecossistema marinho, já que novos ambientes podem ser adicionados ao habitat natural e causar um grande desequilíbrio entre as espécies.
Por fim, níveis maiores dos oceanos podem causar grandes mudanças climáticas, como o esfriamento do hemisfério norte e a diminuição de chuvas em várias regiões do planeta.