“Nós vamos decidir a política nacional”, diz Caiado sobre fusão entre DEM e PSL
Partidos ratificam fusão em convenções que acontecem nesta quarta
O governador Ronaldo Caiado foi uma das estrelas da convenção do DEM que ratificou a fusão do partido com o PSL, para criar o União Brasil. Caiado advogou em favor da fusão e apresentou duas teses principais: 1) a de que o DEM teria dificuldade para montar chapas para deputado federal nos estados, em função do amplo espectro partidário hoje existente; e 2) a de que o formato do acordo costurado pelo presidente do DEM, ex-prefeito de Salvador ACM Neto, é vantajoso. Na visão dele, o União Brasil “vai decidir a política nacional” nos próximos anos.
“Foi a atitude mais lúcida que já existiu no País. Nós demos o passo mais acertado. Nós demos conta de dar rumo ao País diante dessa decisão de hoje”, afirmou o governador. “Nós vamos decidir a política nacional, não só no Congresso Nacional, mas em todos os Estados deste País”.
Caiado diz que fusão entre DEM e PSL ajudará a formar chapas
A respeito da dificuldade para formação de chapas, Caiado afirma que a fusão vai colocar sob o mesmo guarda-chuvas um número significativo de políticos que têm boas condições se eleger nas eleições do ano que vem, o que abrirá portas para o União Brasil seja protagonista em Brasília. “Partidos estão desidratando. Não existem. São 17 deputados de 13 partidos diferentes. Como é que vai montar uma chapa de deputados federais?”.
Cabe lembrar que o Congresso Nacional vedar as coligações proporcionais na eleição no ano que vem. Isso significa que os partidos terão que se virar sozinhos para encontrar um bom número candidatos competitivos, que entregue boa votação na eleição para deputado federal e garanta à legenda assentos no Congresso Nacional.
A fusão é vantajosa para o DEM porque o PSL tem um fundo partidário significativo, que cresceu no impulso da eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Para o PSL, a nova engenharia interessa porque o DEM possui capilaridade regional. A presidência do União Brasil vai ficar com o atual presidente do PSL, Luciano Bivar.