Novo ministro da Educação defende expurgo de ‘marxismo cultural’ de universidades
Segundo Weintraub é preciso vencer o que chama de "marxismo cultural" das universidades a partir dos ensinamentos do guru do bolsonarismo
Indicado nesta segunda-feira para assumir o ministério da Educação no lugar de Ricardo Vélez Rodrigues, o economista Abraham Weintraub também é um assíduo seguidor das teorias do escritor Olavo de Carvalho. Ele defende que é preciso vencer o que chama de “marxismo cultural” das universidades a partir dos ensinamentos do guru do bolsonarismo.
Essa ideia foi apresentada por ele em dezembro a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante um evento organizado por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em Foz do Iguaçu.
Na Cúpula Conservadora das Américas, Weintraub falou à plateia que os militantes de direita deveriam adaptar as teorias de Olavo para vencer os embates teóricos com os militantes de esquerda, inclusive adotando o seu jeito de falar com xingamentos. “Quando um comunista chegar para você com o papo ‘nhoim nhoim’, xinga. Faz como o Olavo de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais”, disse no evento.
Na época, Weintraub e seu irmão, Arthur, eram os responsáveis por pensar a Previdência na equipe de transição do governo. Quando Bolsonaro assumiu a Presidência, Weintraub foi indicado como secretário-executivo da Casa Civil e Arthur foi para a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia). Ele o irmão apoiaram o presidente desde antes do início da campanha eleitoral começar
Apesar de integrar a parte econômica do que seria o futuro governo, Weintraub aproveitou a temática do evento para focar seu discurso no combate ao pensamento de esquerda. Os irmãos contaram que desde que começaram a ajudar Bolsonaro, ainda em 2017, enfrentaram muita resistência no meio acadêmico.
No evento de Foz do Iguaçu, o agora ministro também disse que o País precisava “parar de fazer bobagem” para se chegar a uma situação ideal e defendeu o expurgo do comunismo e disse que era preciso evitar ameaças como ataques terroristas islâmicos para que o Brasil se tornasse “um dos países mais pacíficos do mundo”