Novo teste melhora índice de diferenciação entre zika e dengue
Exame foi desenvolvimento por pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), junto a uma empresa privada
Um novo teste, desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), junto a uma empresa privada, vai facilitar a identificação do zika vírus. O novo kit é mais preciso que o utilizado atualmente e, a principal novidade, é a possibilidade de diferenciar a enfermidade do vírus da dengue.
Apesar de ambos terem estruturas semelhantes, o teste percebe a diferença pelas partes de uma das moléculas virais, uma proteína conhecida como NS1. E ela varia de um para o outro. Mais de três mil mulheres, de Estados diferentes do Brasil, foram testadas, com precisão na diferenciação de 92%, conforme os pesquisadores. O teste foi feito, inclusive, em pessoas que já tiveram dengue ou febre amarela. Foram três anos de pesquisa e cerca de R$ 2,5 milhões investidos.
Segundo informado pelos estudiosos, o exame sai em três horas. Atualmente, a assertividade dos testes disponíveis no mercado não passa de 75%.
Outras informações
Este novo exame também identifica a infecção depois da fase aguda da doença. Como o zika é capaz de provocar a microcefalia nos fetos, as mulheres grávidas serão as maiores beneficiadas.
Vale destacar que a Anvisa já autorizou a comercialização do teste, que já é produzido em Itu, no interior de São Paulo. A empresa responsável, agora, aguarda somente a validação de institutos ligados ao Ministério da Saúde.
(Com informações do SBT)