Número de alunas que acusam professor de Caldazinha de abuso subiu para 20, diz polícia
Denúncias começaram em maio deste ano após crianças assistirem uma palestra sobre educação sexual
Depois que foi divulgada a notícia da prisão do professor Rildo Pereira Novais, na terça-feira (18), subiu para 20 o número de alunas e ex-alunas que procuraram o Conselho Tutelar e a Polícia Civil para denunciar supostos episódios de abuso sexual sofridos por elas durante as aulas de educação física em uma escola municipal de Caldazinha, região metropolitana de Goiânia. Algumas vítimas já são adolescentes, mas relataram que o crime acorreu quando tinham entre 9 e 11 anos, idade das vítimas mais recentes.
De acordo com a delegada Gabriela Moura, seis meninas já foram ouvidas e as demais vítimas vão prestar depoimento nos próximos dias. Ela conta que a investigação começou em maio deste ano após três crianças participarem de uma palestra sobre educação sexual na escola e relatarem para os familiares que foram vítimas do professor.
“Durante a palestra, algumas meninas começaram a chorar e contaram para os pais que o professor pedia para que elas sentassem no colo dele e acariciava os seios, as penas, as coxas e as nádegas delas. Elas não faziam ideia da gravidade dos fatos”, relata a delegada.
No decorrer da investigação, a polícia descobriu que uma ex-aluna, hoje já adolescente, teria sofrido abuso sexual entre 2014 e 2015, quando tinha nove anos de idade. Em seu depoimento, ela contou que alguns atos aconteciam na frente da turma e que havia presenciado a mesma pratica com outras colegas.
O professor de 49 anos continua preso pelo crime de estupro de vulnerável. Ele será desligado do cargo, segundo a Prefeitura de Caldazinha.
A polícia também irá ouvir outros professores, o coordenador e uma ex-diretora da escola para esclarecer se houve omissão, uma vez que chegou ao conhecimento da delegada que a escola sabia dos crimes e não procurou a polícia para denunciá-los.
A imagem e identificação do professor Rildo Pereira Novais foi divulgada pela Polícia Civil para que outras vítimas e testemunhas procurem a delegacia, seja presencialmente ou através dos números (62) 3201-2428 e (62) 98595-5416.
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