“O que a pesquisa Serpes registrou agora nós já tínhamos visto uma semana antes”, diz Marconi sobre crescimento de Vanderlan
De acordo com o governador, subida do candidato apoiado pelo PSDB nas pesquisas de intenções de votos em Goiânia já aponta 28% em dados internos
Em coletiva de imprensa no Palácio das Esmeraldas na manhã desta segunda-feira (12), o governador Marconi Perillo (PSDB) comentou que o resultado da última pesquisa realizada pelo instituto Serpes, que aponta crescimento de Vanderlan Cardoso (PSB) no segundo lugar em Goiânia, evidencia uma tendência natural. “Pelo o que eu tenho notado, e o Vanderlan tem feito tracking (pesquisa de monitoramento) diariamente, é que é um crescimento muito sustentado na campanha dele.”
O candidato a prefeito apoiado pela maior parte da base aliada do governador, com exceção do PTB e PSD, que lançaram Francisco Jr. (PSD) como prefeitável na capital, Vanderlan Cardoso, chegou a 21,1% na pesquisa Serpes contratada pelo Jornal O Popular e divulgada no domingo (11). Na rodada anterior, o pessebista tinha 17% e estava em empate técnico com Delegado Waldir (PR), que contava com 16% das intenções de votos e caiu para 12,1%.
A consolidação de Vanderlan no segundo lugar da pesquisa Serpes, com 16,5 pontos porcentuais de diferença para Iris Rezende (PMDB), que tem 37,6%, é considerada por Marconi fruto de um trabalho sério. “O que a pesquisa Serpes registrou agora nós já tínhamos visto uma semana antes no tracking. Aliás, no tracking de sábado já deu 28 pontos para o Vanderlan Cardoso ante 37 do primeiro colocado.”
Presença na campanha
Marconi afirmou que não pretende se fazer presente de forma efetiva e constante na campanha de Vanderlan, assim como de outros candidatos apoiados pela base aliada do governo ou do PSDB. “Eu vou fazer uma participação agora na quarta-feira (14) às 18h30, fora do horário de expediente. Eu vou, estou convidando os meus amigos, os nossos companheiros para estarem lá junto com o Vanderlan. Eu vou pedir a todos o apoio ao Vanderlan nessa reta final. Mas essa vai ser a minha participação”, disse.
Para o tucano, a ideia de que o governador transfere votos para os candidatos a prefeito é “muito relativista”. “Eu sempre digo que não é papel de governador ficar entrando e participando efetivamente de campanha”, declarou.
“Um governador pode até transferir votos para o seu candidato a sucessão, assim como os prefeitos transferem também para os seus candidatos quando estão sendo bem avaliados.” Marconi disse que é uma falsa ideia achar que ele terá influência direta na eleição de qualquer candidato apoiado pela base aliada.
“Quem ganha eleição é candidato. É o candidato, a proposta, o histórico, a avaliação que as pessoas têm do candidato, a movimentação que o candidato faz, a capacidade de articulação. É isso que ganha eleição”, considerou Marconi. Para o governador, se o eleitor confia ele vota, se não confia de nada qualquer apoio adianta. “Não adianta candidato querer se encostar nesse ou naquele líder. Quem tem que ganhar a eleição, quem tem que ter estrela, quem tem que ter brilho e quem tem que convencer é o candidato.”
7 a 1
O governador citou o 7 a 1 aplicado pela seleção alemã masculina de futebol na Copa do Mundo de 2014 para afirmar que quem vence eleição é o candidato com melhor preparo para encarar uma disputa eleitora. “Eu tenho uma experiência de mais de 30 anos nessa área. Eu também trabalho pesquisa científica. Eu leio sobre a questão das eleições e procuro fazer as coisas de forma profissional e científica. A Alemanha ganhou do Brasil de 7 a 1 muito mais por um trabalho profissional e científico do que por qualquer outro esforço humano.”
Para Marconi, esse é um exemplo de “todo um planejamento, desenvolveram toda uma tese científica e bateram no Brasil de 7 a 1”. “E eleição cada vez mais é assim. É preciso ter um bom candidato, um candidato preparado, mas é preciso ter ferramentas profissionais e científicas até para saber comunicar-se com o eleitor”, pontuou.