TRÁFICO INTERNACIONAL

Operação cumpre mandados contra suspeitos de aliciar pilotos para traficar cocaína da Bolívia para Goiás

Suspeitos levavam vida confortável, ostentando casas e carros de luxo

Grupo cooptava pilotos de avião para traficar cocaína da Bolívia para Goiás, diz PF (Foto: Divulgação - PF)

A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (3), a Operação Manicaca com objetivo de investigar um grupo criminoso suspeito de cooptar pilotos de avião para traficar cocaína da Bolívia para Goiás. A ação também apura uma outra quadrilha ligada ao contrabando de eletrônicos provenientes do Paraguai. No total, cerca de 70 policiais federais cumprem 25 mandados judiciais nas cidades de Goiânia, Trindade e Inhumas. Suspeitos levavam vida confortável, ostentando casas e carros de luxo.

De acordo com a PF, a associação criminosa investigada por tráfico internacional de drogas fica sediada em Goiás. Integrantes são suspeitos de aliciar indivíduos que sabem pilotar aeronaves, mas que não possuem habilitação para voo perante aos órgãos reguladores, para transportar cocaína da Bolívia para Goiás. Depois de chegar no território goiano, a droga era distribuída para as demais regiões do Brasil.

Investigação indica também que, para tentar evitar a repressão estatal, o transporte da cocaína boliviana era feito em pequenas aeronaves. Aviões eram registrados em nome de terceiros, sem registro de plano de voo e por meio de rotas não usuais.

Suspeitos levavam vida confortável, ostentando casas e carros de luxo (Foto: Divulgação – PF)

Pilotos de avião também faziam contrabando

Além desse grupo criminoso voltado ao tráfico internacional de drogas, a Polícia Federal identificou também uma quadrilha ligada ao descaminho de mercadorias provenientes do Paraguai. Agentes federais afirmam que, sem realizar o pagamento dos tributos devidos pela importação, comerciantes também contratavam esse tipo de pilotos de avião para transportarem produtos eletrônicos do Paraguai para o estado de Goiás.

Em solo goiano, os produtos irregularmente importados – em sua maioria, aparelhos celulares – eram vendidos em estabelecimentos especializados.

Estão sob apuração os crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico internacional de drogas, lavagem e capitais e descaminho.