Os melhores jogos de 2016
Selecionamos as nossas escolhas do que teve de melhor no mundo dos games
Adeus ano velho, coisa e tal: 2016 foi um ano muito agitado para os video games com dezenas de lançamentos. Foi realmente difícil selecionar os melhores do ano e já devo avisar que alguns favoritos, como Battlefield 1, ficaram de fora, em grande parte por falta de espaço dado o grande volume de lançamentos.
Já outros como Final Fantasy XV e The Last Guardian estão de fora apenas por terem acabado de se ser lançados e não puderam ser jogados nem avaliados antes do final do ano. Como sempre, é importante ressaltar que a escolha dos melhores do ano é subjetiva, então tudo bem caso o seu jogo favorito não esteja aqui: deixe nos comentários as suas escolhas e o seu ranking. Vamos lá?
10. Inside
No que toca dispotias, Inside consegue ser maior e melhor que 3% sem ter uma linha de diálogo. O jogo acompanha um garoto sem nome – e sem rosto – que se aventura para tentar escapar de sua vida de escravo na mão das máquinas.
É o segundo título do estúdio Playdead, de Limbo, e o gameplay é semelhante e tão sombrio quanto. Mas é melhor: há muitos segredos e história para ser escavado aqui, tudo sem precisar jogar exposição na sua cara. É um projeto sutil e um jogo sutil que merece seu lugar entre os melhores do ano. (E ainda tem um final polêmico que deixo para vocês descobrirem).
9. Owlboy
Após dez anos em desenvolvimento, Owlboy finalmente foi lançado e, embora não tenha caído nas graças de muitos reviewers no ano mais movimentado da Steam, ele tem o seu mérito que é ser, fácil fácil, o melhor jogo de plataforma do ano.
Muitos jogos indie tentam ser muito profundos, trazer algo complexo e acabam forçando a barra. Owlboy é diferente: na superfície, é um jogo simples, mas conforme se avança, tudo nele fica mais complicado: sua jogabilidade, seus personagens, seu mundo. É um grande jogo que vale a pena ser jogado.
8. Dark Souls 3
Em time que está ganhando não se mexe; a From Software aprendeu que isto é mentira amargando críticas terríveis ao redor de Dark Souls 2. Após o sucesso de Bloodborne que mudou algumas mecânicas chave da franquia Souls (retirando o escudo e acelerando o gameplay), a empresa viu que sua velha franquia tinha muito a aprender.
Entra Dark Souls 3, o ápice de maturidade da série e um título que pode ser usufruído pelos mesmos não iniciados que se arriscaram em Bloodborne. É um jogo muito menos travado, mais instintivo e inteligente do que o Souls original, provando que sempre há espaço para evolução.
7. Overwatch
Por anos a Blizzard não lançou um novo IP e ninguém a estava julgando muito por isso: estamos todos felizes como nosso Diablo/Warcraft/Starcraft. Ainda mais se o novo IP será exclusivamente multiplayer.
Porém, no final das contas o estúdio não apenas entregou o melhor multiplayer do ano como também todo um fandom explosivo e apaixonado que já criou milhares de histórias, HQs e até pornografia em cima do material original fornecido pela Blizzard.
Com uma ideia simples, a empresa trouxe todo um pacote cheio de surpresas para a mesa, além de um novo grande nome no cenário competitivo profissional de jogos. No fim das contas, foi uma contribuição e tanto.
6. Civilization VI
O que é bom sempre pode ficar melhor e a prova viva disso é Civ 6. Enquanto Civ 5 já tinha sido considerado o melhor da série, especialmente por suas expansões, a Firaxis resolveu lançar mais um título da série, expandindo seu rol de líderes e modificando completamente a sua mecânica básica de jogo.
Foi um risco que podia ter explodido na cara dos desenvolvedores, mas que deu muito certo. O jogo força velhos e novos jogadores a se adaptar a uma nova e mais complexa jogabilidade ao mesmo tempo em que torna mais inteligente e desafiador as formas de se construir assentamentos e construções, assim afetando as condições de vitória de cada partida.
5. Hyper Light Drifter
Um jovem marcado pra morrer com uma doença congênita de coração resolve realizar o seu sonho de criar um video game com um protagonista também doente e que precisa desesperadamente de uma cura. O que podia ser um jogo fraco e dramático é, na verdade, um dos melhores títulos de ação e aventura do ano com inimigos e quebra-cabeças desafiadores e uma das artes mais bonitas do ano.
Hyper Light Drifter opta por uma narrativa solta, sem pegar na sua mão e sem te falar o que fazer, assim como Dark Souls, mas sem te punir por isso. Curto e sinistro, você terá que desbravar o universo para conhecer esta trama de fanatismo, apocalipse e genocídio.
4. Tyranny
Este não é o primeiro jogo a te colocar no papel de vilão. Porém, este é o primeiro jogo a fazer isto direito. Em Tyranny, você não é o maior vilão do mundo, mas o capitão de um terrível imperador que acaba de dominar todo o mundo conhecido e é enviado como magistrado para levar a paz do rei para os dissidentes.
O maior mérito do jogo, além de ótimos personagens e história, é demonstrar, proceduralmente, a retórica da banalidade do mal. Por todo o jogo, você só está seguindo ordens, afinal. No fim, é muito fácil entender que o mal não é algo supremo e que cai do céu, mas algo em que todos tomamos parte. Fica fácil entender porque os alemães levantaram o braço direito em 1933.
3. Total War: Warhammer
Total war: Warhammer veio parar aqui por conseguir tirar duas grandes séries do buraco. Total War não era mais o mesmo e sofreu críticas terríveis pelos títulos Rome II, Medieval II e Empire. Já Warhammer parecia haver se cansado dos video games de estratégia após Dawn of War II ainda em 2009.
Enfim, ninguém esperava que misturar a estratégia de Total War com a fantasia de Warhammer fosse dar certo, mas o resultado é o jogo de estratégia mais engajante de todo o ano. XCom 2 e Civ 6 são ótimos jogos, mas há algo verdadeiramnete único em enfrentar as adversidades com facções completamente diferentes e uma jogabilidade única.
Além disso, o fluxo constante de DLC têm me mantido grudado ao título que continua se excedente em qualidade e quantidade. Elfos, anões, homens besta: são todos incríveis de se jogar e te obrigam a ficar sempre clicando no botão de apenas mais um turno, até as 4h da manhã.
2. Uncharted 4: A Thief’s End
Um caso raro de um jogo que sobreviveu ao próprio hype, o suposto episódio final de Uncharted foi espalhado por mais de um ano em toda a comunidade gamer. A surpresa? É de longe o melhor jogo da série, superando inclusive Among Thieves, o mais aclamado até então.
O foco narrativo deixa a história mais fechada e o jogo mais centrado. Os personagens são melhores e os gráficos são uns dos melhores do PS4 até agora. É um excelente jogo e faz justiça a Nathan Drake, encerrando de verdade a série após o fraco Uncharted 3: Drake’s Deception.
1. DOOM
Foi difícil escolher o jogo do ano em 2016, já que apreciei muito os quatro primeiros colocados. Para resolver a questão, tive que recorrer à categoria central destes jogos, que foi: com qual deles eu mais me diverti? Aí ficou fácil.
DOOM fez com que eu voltasse a ter quinze anos: toda a violência, a velocidade, a trilha sonora impecável, a jogabilidade e o level design incrível. É tudo meio bobo na superfície, mas o resultado final é diversão pura que deixa qualquer outro jogo de tiro dessa geração fácil fácil no chinelo.
O jogo é frenético, desafiador na medida certa e não tem nada de se esconder atrás de coberturas aqui: é tudo aberto e direto e se você não correr nem usar o cenário a seu favor, vai morrer uma morte horrível. Por fim, DOOM foi a surpresa do ano: ninguém no universo esperava que seria um jogo bom. Nin-guém. E o resultado final foi incrível.