Padre goiano é excomungado por Papa Francisco após acusações de estupro
Na véspera do primeiro dia do encontro histórico do Vaticano sobre assédio sexual dentro da…
Na véspera do primeiro dia do encontro histórico do Vaticano sobre assédio sexual dentro da Igreja, o Papa Francisco excomungou o padre goiano Jean Rogers Rodrigo de Sousa, conhecido como José Maria, de 45 anos. Ele é suspeito de abusar sexualmente de ex-freiras e ex-noviças. A excomunhão foi formalizada na quarta-feira, dia 20, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”.
O padre José Maria é acusado de estuprar pelo menos 11 mulheres ligadas à organização que ele fundou, a Fraternidade Arca de Maria. Atualmente, ele não tem mais ligação com a instituição. O sacerdote goiano passou os últimos anos pulando de diocese em diocese, e hoje em dia congregava fora do Brasil, em Ciudad del Este, no Paraguai.
Com a decisão do Papa, José Maria perde o status eclesiástico e não pode mais usar o hábito e celebrar missas. Ordenado há 19 anos, ele deixa de ser padre — a punição mais grave que a Igreja Católica pode dar a um membro do clero.
A medida é resultado de uma investigação de meses que o Vaticano conduzia.
Em comunicado, o monsenhor Guillermo Steckling, responsável pela Diocese de Ciudad del Este, afirma que o sacerdote “foi dispensado de suas obrigações clericais” pelo Pontífice. O monsenhor já havia afastado o padre de suas funções. Agora, a decisão é definitiva.
Em setembro passado, em entrevistas, o padre goiano negou as acusações e afirmou ser alvo de calúnia.