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No próximo domingo (4/12), o padre Marco Aurélio Martins da Silva celebra sua última missa como pároco da Igreja Matriz de Trindade. Após sete anos à frente do Santuário, ele será destinado à Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Verde, onde será vigário paroquial ao lado do padre Carlos. As celebrações ocorrem às 6h30 da manhã e 20h.
Muito querido pelos fiéis, padre Marco Aurélio foi responsável por 37 comunidades ligadas ao Santuário. Nestes últimos dias, centenas deles têm o procurado para expressar a tristeza com a sua partida e também para desejar-lhe sucesso na nova missão.
À frente da paróquia desde 2006, o padre Marco Aurélio dedicou-se ao trabalho de evangelização, mas marcou sua passagem com a reforma completa da Igreja Matriz e também o seu tombamento junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional).
Foram restaurados o telhado, assoalho, paredes, altares, as torres, escadas, pintura e houve a reconstrução do presbitério. “A restauração da Igreja Matriz resgata a memória da fé em Goiás. O tombamento pelo Iphan é a garantia de que este patrimônio está resguardado para posteridade”, salienta.
De acordo com ele, o Iphan reconhece que o Santuário tem traços atípicos, contendo formas com influência no art déco, barroco entre outras tendências.
Nascido na ‘Terra Santa’ em 29 de maio de 1979, descobriu sua vocação aos 17 anos. Cursou o seminário na própria cidade e depois concluiu os estudos em Filosofia e Teologia na capital. Entusiasta do apostolado do papa Francisco, diz que vive novos tempos. “Fiquei em estado de graça com as palavras do Santo Padre nesta última semana, quando alertou que a igreja não pode continuar celebrando um alzheimer espiritual”, registra.
Na sua fala de fim de ano, Francisco foi extremamente duro e alertou que a Cúria Romana estaria sofrendo de 15 terríveis e graves doenças, a saber: “Alzheimer espiritual”, “terrorismo do falatório”, “esquizofrenia existencial”, “exibicionismo mundano”, “narcisismo falso” e “rivalidades pela glória”.
Para Marco Aurélio, a mensagem de Francisco é de que os cristãos devem viver a partilha, o amor ao próximo e o desapego aos bens materiais. “O papa Francisco faz uma faxina espiritual na igreja que precisa adequar-se aos novos tempos de uma humanidade que precisa cada vez mais do entendimento, do perdão, da compreensão e do amor”, resume.