Pagamentos indevidos do auxílio emergencial superam R$ 100 milhões neste ano
350.086 beneficiários receberam de forma indevida o benefício
O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou dados de pagamentos indevidos do auxílio emergencial deste ano e apontou cerca de R$ 100 milhões pagos para beneficiários que não cumpriam com os requisitos do programa ou tinham vínculo de emprego formal ativo.
De acordo com auditoria realizada pela Corte, 350.086 beneficiários receberam de forma indevida o benefício.
A fiscalização concluiu que 76% dos erros encontrados no mês de julho foram de pagamentos do auxílio a beneficiários com indícios de CPF irregular. No total, foram 39 milhões de beneficiários do programa, o equivalente a R$ 35 bilhões de repasses.
Auxílio Emergencial
O benefício foi criado em abril de 2020 pelo governo federal para atender a população vulnerável afetada pela pandemia de Covid-19. Na época, foram estabelecidas cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1.2 mil para mães chefes de família monoparental. Depois disso, ele foi estendido até 31 de dezembro em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.
Em 2021, ficou estabelecido o pagamento de sete parcelas de R$ 150 a R$ 375, a depender do perfil. De modo geral, as famílias receberam R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebeu R$ 375; e pessoas que moram sozinhas receberam R$ 150.