COBRANÇA INDEVIDA

Colégio militar em Goiás é acusado de exigir taxa que deveria ser voluntária

O pai de um aluno do Colégio Estadual da Polícia Militar De Goiás Pedro Xavier…

O pai de um aluno do Colégio Estadual da Polícia Militar De Goiás Pedro Xavier Teixeira, localizado no município de Senador Canedo, denuncia que foi impedido de renovar a matrícula do filho junto à instituição por causa do não pagamento de uma taxa “voluntária” cobrada dos pais de alunos. Segundo o homem, ao tentar realizar a pré-matrícula, o homem foi informado que tinha uma pendência de quase R$ 800 no colégio. O pai do aluno, que alegou estar sem condições de pagar essa taxa, agora teme perder a vaga do filho na instituição.

Ao Mais Goiás, o homem, que não quis se identificar por medo de represálias, conta que foi chamado nesta semana para renovar a matrícula do filho no Colégio Militar Pedro Xavier Teixeira, situado no Jardim de Todos os Santos, em Senador Canedo. No entanto, não conseguiu realizar o procedimento devido a uma taxa que, supostamente, deveria ser voluntária.

“Eles me ligaram para fazer a pré-matrícula. Eu estive na instituição, levei a documentação, fiz o pedido, tudo certinho, mas quando foi pra efetuar a pré-matrícula, me passaram que eu estava devendo um valor de R$ 770”, relata.

A informação o pegou desprevenido, uma vez que, apesar de militarizado, o colégio em questão é público e não pode realizar cobranças do tipo. O homem conta que ouviu do colégio que a taxa era voluntária e que o não pagamento não o prejudicaria. Todavia, a instituição não teria efetivado a matrícula do estudante por causa disso e informou ao pai que, agora, ele deveria aguardar uma nova chamada.

“Eu fiquei desempregado, minha esposa perdeu metade da renda dela e estamos numa situação um pouco delicada. então não pude contribuir. Eu fiquei extremamente constrangido, porque se realmente eu estivesse numa situação mais confortável, eu poderia até fazer um compromisso. Agora eu estou com medo de perder a vaga, porque eles até agora não renovaram a matrícula”, conta.

O que diz a Polícia Militar

A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com o subcomandante de Ensino dos colégios militares, Major Tairo, que comentou a situação. De acordo com ele, a taxa em questão é cobrada de forma voluntária pela Associação de Pais e Mestres e não pelo colégio, uma vez que, por serem públicos, os colégios não podem cobrar valores obrigatórios.

No entanto, segundo o major, o não pagamento da taxa não prejudica os pais e tampouco os impede de realizar a matrícula. “Independente se ele contribui ou não, ele não perde a vaga jamais. Isso não acontece, nunca aconteceu e nem vai acontecer”, assegura.

Sobre o caso em específico do pai que não conseguiu renovar a matrícula, o subcomandante afirmou haver um mal-entendido, uma vez que a matrícula é renovada de forma automática e não há risco de ela ser cancelada pelo não pagamento da taxa.