JUSTIÇA

Pai de jovem jogado de ponte por PM exige explicações: ‘inadmissível’

O pai de Marcelo defendeu seu filho afirmando que ele nunca se envolveu com crimes e não tem registros na polícia

O pai de Marcelo Amaral, o jovem que foi jogado de uma ponte por um policial militar, se mostrou profundamente indignado e pediu explicações sobre o ocorrido. “Ele está bem, mas não conseguimos falar com ele. É inadmissível, não existe isso aí. A polícia está aí para fazer a defesa da população, não fazer o que fez”, declarou o pai, visivelmente abalado em entrevista ao Jornal Nacional.

O incidente, que ocorreu na madrugada de segunda-feira (2) e foi registrado por testemunhas, mostrou um policial militar levantando Marcelo pelas pernas e o jogando no córrego, após uma abordagem em que ele aparentemente já estava dominado. O vídeo viralizou nas redes sociais e gerou uma onda de revolta. A vítima sofreu ferimentos no rosto com a queda.

O mecânico Antônio Donizete do Amaral questionou a atitude do policial e defendeu a integridade do filho: “Ele sempre foi trabalhador, um menino que correu atrás do que é dele, sem envolvimento com a polícia ou qualquer passagem. Eu quero uma explicação sobre o que motivou essa ação e por que o policial fez isso”, afirmou, em busca de justiça.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) afastou 13 policiais envolvidos na ação e o caso está sendo investigado pelo Ministério Público. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, classificou as imagens do abuso como “estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis”, afirmando que o suspeito já estava sob controle no momento que foi jogado na ponte.

O caso tem gerado grande comoção, principalmente entre os familiares e amigos de Marcelo, que buscam não apenas justiça, mas também um esclarecimento sobre como a Polícia Militar pode evitar abusos de autoridade como esse.

Enquanto a investigação segue, o pai de Marcelo aguarda uma resposta das autoridades, na esperança de que o responsável pela violência contra seu filho seja punido.