Pai de menina com microcefalia reclama de exames desmarcados no Crer
A assessoria da instituição informou que nova data para o procedimento foi marcada para junho. As demais reclamações foram registradas na ouvidoria
Os pais da pequena Emilly Vitória Gonçalves Pereira, de 1 ano, têm enfrentado dificuldades para conseguir exames e consultas para a filha no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). A família mora em Morrinhos, distante 130 quilômetros de Goiânia. A menina tem microcefalia.
“No início, estava indo tudo bem. Mas eles começaram a desmarcar consultas. No último dia 10 ela ficou de jejum, sem água e comida, das 6h até as 15h, e quando chegou a hora de fazer o exame, eles desmarcaram”, conta o pai da menina, o marceneiro Welliman Olímpio Gonçalves, de 36 anos. A mãe de Emilly, Rosimeire Dionísio Pereira Gonçalves, 37 anos, deixou de trabalhar desde que a filha nasceu.
Welliman também reclama dos problemas de atendimento do Crer. “Não existe uma pessoa para acompanhar nosso caso. Preciso sempre ligar no telefone geral e os funcionários não dão informação direito”, diz o marceneiro.
A Prefeitura de Morrinhos paga o combustível para a família ir à Goiânia todas as semanas para as consultas de Emilly, mas as viagens perdidas têm causado transtornos. “Uma vez por semana estamos em Goiânia. Não é fácil vir. Pior ainda é perder a viagem”, afirma o pai.
A assessoria de imprensa do Crer informou que no último dia 10 o aparelho em que o exame de Emilly seria feito estragou e os funcionários não tiveram tempo suficiente para avisar todos os pacientes. Uma nova data para a pequena Emilly foi marcada para junho, mas, segundo a assessoria, o Crer trabalha para adiantar a data. As reclamações dos pais da criança foram registradas na ouvidoria da instituição.