Ataque em zoo

Pai do menino atacado por tigre: ‘tentei fazer o que pude’

Um tigre dilacerou o braço e a mão direita do menino de 11 anos com as garras no Zoológico de Cascavel.

Marcos do Carmo Rocha, 43 anos, pai do menino Vrajmany Fernandes Rocha, 11 anos, que perdeu um braço após ser atacado por um tigre ao colocar o membro para dentro do recinto do animal em um zoológico de Cascavel (PR), diz que as primeiras palavras do garoto após o ataque foram “não mata o tigre”. Rocha concedeu entrevista ao Fantástico, que foi exibida na noite deste domingo. Ele conta que tentou soltar o filho.

“Tentei fazer o que pude pelo meu filho. Eu coloquei a mão na boca, enfiei o dedo no olho no tigre, nos dois olhos dele. E ele não se mexeu. Enfiei o outro. Eu achei que funcionasse e ele nem ligou, o tigre”, diz Rocha.

“Passear no zoológico é uma coisa comum, e eu e meu filho gostamos dessa natureza”, diz o pai. Rocha diz que havia passado em um restaurante antes e que os filhos têm o costume de pegar os restos de comida para dar para cachorros. Vrajmany usou ossos de galinha para dar para um leão durante a visita.

Rocha diz que não viu a primeira vez que o menino entrou na área proibida aos visitantes, próxima aos recintos dos animais. Ele só teria visto quando a criança começou a escalar a grade do espaço do tigre. O pai diz ter falado para o garoto parar com a atitude, mas a criança estava empolgada e foi teimosa com ele.

O pai relata à TV que enfiou os dedos na boca e nos olhos do animal, mas não conseguiu livrar a criança. O advogado do pai do menino diz que a responsabilidade é do zoológico, que teria obrigação de proteger os visitantes.

O zoo diz cumprir com todas as normas de segurança e que não há normas que resistam a certas atitudes. A instituição já disse anteriormente que está descartada possibilidade de sacrificar o animal.