Após barbaridade

Pai e filha se reencontram após esquartejamento de menino pela mãe no DF

Menina presenciou assassinato e esquartejamento do garoto, o qual vivia com ela e suas respectivas mães, que são companheiras; Garota não via o pai há cinco anos

Após cerca de cinco anos afastado da filha, o agente penitenciário acreano, Rodrigo Oliveira, reencontrou a garota de oito anos neste domingo (2). A menina presenciou o assassinato e esquartejamento de Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, cometido pela mãe dele, Rosana Auri da Silva Candido, de 27 anos, com auxílio da companheira – e mãe da garota – , Kacyla Priscyla Damasceno, de 28, no Distrito Federal (DF). De acordo com o Portal Metrópoles, durante o referido período, o homem foi privado de qualquer contato com a menina.

O agente revelou à polícia que Kacyla raptou a filha do casal. A mulher confessou ter ajudado Rosana a tirar a vida de Rhuan na última sexta-feira 31/5), em Samambaia Norte.  O servidor público chegou ao DF em um voo comercial e foi levado para o 26ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso. De lá, seguiu para o abrigo onde reencontrou a filha. Abalado, o homem preferiu não conversar com a reportagem.

O delegado que investiga o caso, Guilherme Sousa Melo, pretende viajar para o Acre, nesta semana, com o intuito de conhecer como era a vida das crianças no estado antes de viverem clandestinamente com as respectivas mães que, segundo a Polícia Civil, eram companheiras.

O pai de Rhuan, Maycon Douglas Lima de Castro, disse que não sabe como vai fazer para viajar ao DF para cuidar da liberação e sepultamento do corpo. Ele também contou que a família buscou pela criança, levada por Rosana em 2015. “A gente postava no Facebook fotos e as pessoas indicavam onde ele estava. Tentamos salvar o Rhuan”, garantiu.

Rhuan foi morto a facadas e esquartejado pela mãe (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo Maycon, a Justiça “não fez nada” para ajudá-lo. “Nós buscamos ajuda na polícia, no Conselho Tutelar, ligamos para todos os lugares possíveis. Nosso advogado conseguiu um mandado, mas ninguém parecia querer ajudar a gente”, ressaltou.

As suspeitas passaram por audiência de custódia neste domingo (2) e, de acordo com o delegado, elas permanecerão presas no Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil até esta quinta-feira (6). Depois, elas devem ser transferidas para a Penitenciária Feminina do DF, no Gama.

Relembre o caso

Rhuan foi morto a facadas pela própria mãe, com auxílio de Kacyla. O garoto dormia no momento do crime e, segundo registros da Polícia Civil, foi acordado pelos golpes. A motivação, de acordo com a corporação foi um suposto ódio nutrido pela mãe do garoto em relação ao pai dele, Rodrigo, que a teria maltratado no passado. As mulheres decapitaram e esquartejaram o corpo.

Na tentativa de livrarem-se dos restos mortais, as mulheres tentaram atear fogo nos membros em uma churrasqueira, mas desistiram da ação em razão do cheiro forte exalado. Assim, colocaram os pedaços em uma mala e duas mochilas, as quais deveriam ser dispensadas em locais distintos.

Durante interrogatório, as mulheres não teriam demonstrado nenhum tipo de arrependimento. Elas supostamente admitiram que não tinham a guarda das crianças e que fugiram do Acre sem conhecimento dos pais das respectivas crianças. Para não chamar atenção, as crianças não frequentavam a escola há dois anos.

(Fotos: Michael Melo/Metrópoles)