Emprego

País fecha 95 mil emprego em setembro, o pior resultado para o mês desde 1992

Os números dos nove primeiros meses do ano e do acumulado de 12 meses levam em conta a série ajustada, quando o Ministério do Trabalho analisa as declarações enviadas fora do prazo.


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O Caged registra as contratações e as demissões de postos com carteira assinada em todo o país. Com o resultado de setembro, o país acumula o fechamento de 657.761 postos em 2015. O resultado é o primeiro negativo para os nove primeiros meses do ano desde o início da série histórica divulgada pelo Ministério do Trabalho, em 2002.

Nos últimos 12 meses até setembro, o país fechou 1.238.628 postos de trabalho. Os números dos nove primeiros meses do ano e do acumulado de 12 meses levam em conta a série ajustada, quando o Ministério do Trabalho analisa as declarações enviadas fora do prazo. Nessa modalidade, os saldos de janeiro a agosto são contabilizados com ajuste, mas o mês de setembro ainda está sem ajuste.

A retração no número de empregos formais em setembro fez o número de trabalhadores com carteira assinada recuar. Em setembro de 2014, havia 41,78 milhões de pessoas com emprego formal no país. O total caiu para 41,09 milhões em setembro deste ano.

Os setores da economia que mais demitiram em setembro foram o de serviços, com o fechamento de 33.535 postos de trabalho, e da construção civil (-28.221). Em terceiro lugar, vem o comércio, que fechou 17.253 vagas. No acumulado em 12 meses, a indústria de transformação lidera as demissões, com o fechamento de 515.516 postos, seguida pela construção civil (-426.746) e os serviços (-150.012).

Por regiões, a retração das vagas formais concentrou-se no Sudeste em setembro, com o fechamento de 88.204 vagas, seguido do Sul (-21.088), Centro-Oeste (-8.958) e Norte (-3.470).

Somente o Nordeste registrou aumento no nível de emprego, com a criação de 26.118 postos no mês passado. Nos últimos 12 meses, todas as regiões demitiram mais do que contrataram. O Sudeste lidera o fechamento de vagas, com 725.081 empregos a menos, seguido pelo Nordeste (-186.994) e pelo Sul (-173.789).