Papa Francisco dedica oração aos afetados pela covid-19 em Manaus; vídeo

A capital do Amazonas vive uma grave crise sanitária desde 14 de janeiro pela falta de leitos e oxigênio para os pacientes de covid-19.

Vaticano vai fechar contas no exterior e proibir investimentos em armas - (Foto: Vatican Media - Divulgação)

O papa Francisco rezou nesta quarta-feira, 20, por todos que sofrem pela pandemia do novo coronavírus e, em especial, pela situação enfrentada em Manaus. A capital do Amazonas vive uma grave crise sanitária desde 14 de janeiro pela falta de leitos e oxigênio para os pacientes de covid-19. “Nestes dias a minha oração vai para os impactados pela pandemia, especialmente em Manaus, no norte do Brasil. O Pai Misericordioso os sustenta neste momento difícil”, disse Francisco durante audiência geral celebrada na biblioteca do palácio pontifício.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira, 19, mais de 382 pessoas com diagnóstico confirmado ou suspeito de covid-19 aguardam na fila por vagas em UTIs e enfermarias em Manaus.

Dos 14 pacientes de Manaus em Aparecida, 11 estão em estado grave
Seis pacientes que vieram de Manaus precisaram ir para UTI (Foto: Jucimar de Sousa / Mais Goiás)

Goiás é um dos Estados que está recebendo pacientes de Manaus (AM). Ao todo, estão previstos 120 pacientes para chegar no Estado, explicou o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino. Dezesseis dos 32 pacientes de Manaus que já chegaram em Goiás tiveram de ser internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Em abril de 2020, durante o primeiro pico da pandemia na capital do Amazonas, Francisco ligou para o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, para prestar solidariedade às vítimas da covid-19. Na ligação, o papa manifestou especial preocupação com os povos indígenas, os ribeirinhos e a população de baixa renda

Falta de oxigênio

Manaus vive novo colapso do sistema de saúde pelo menos desde o dia 14 de janeiro, quando o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais da cidade e levou pacientes internados à morte por asfixia. Desde então, uma operação de guerra foi iniciada para suprir a demanda, que ainda não foi normalizada. A situação também é realidade em municípios do interior do Estado, como Coari, que registrou sete óbitos nesta terça-feira, 19, por falta de oxigênio no hospital regional. Outras mortes por asfixia foram confirmadas em Manacapuru e Itacoatiara.