Para a imprensa, agente financeiro nega ter matado professora
Cleudimar Rodrigues da Silva, que em depoimento à polícia confessou ser o responsável pelo desaparecimento de Maria da Conceição, apresentou outra versão para o caso
“Uma pessoa dissimulada, fria, contumaz em cometer crimes de estelionato e que agora está tentando confundir a polícia”. Assim o delegado titular de Guapó, Arthur Fleury, descreveu o agente financeiro Cleudimar Rodrigues da Silva, de 39 anos, que desde a última quarta-feira (25) está preso suspeito de ter assassinado a professora Maria da Conceição Campos, de 42 anos, que está desaparecida desde o último dia 19.
Apresentado à imprensa na manhã desta sexta-feira (27), Cleudimar confessou ter se encontrado com a professora na quinta-feira da semana passada, mas negou ter qualquer tipo de participação no desaparecimento dela. “Nós saímos, conversamos, jantamos, depois eu deixei ela lá no Terminal Garavelo e não a vi mais. Eu fiquei até preocupado, porque não consegui falar no celular dela”, relatou.
Em um vídeo gravado pela Polícia Civil, porém, o agente financeiro confirma ter participação no desaparecimento de Maria da Conceição, mas alega que um conhecido dele, que seria advogado, foi quem a matou. Ele também se confundiu várias vezes ao tentar explicar porque tentou, 20 dias atrás, vender o carro importado que ainda estava no nome da professora em uma concessionária de Goiânia.
“A cada hora ele conta uma história diferente, mas o fato é que o Cleudimar devia R$ 30 mil para a professora, que fez vários empréstimos a fim de beneficiá-lo, e chegou a financiar um carro de luxo para ele. Como ela estava insistindo para receber esse dinheiro e o carro de volta, ele resolveu matá-la. Na delegacia, o Cleudimar confessou o assassinato mas se negou a dizer onde abandonou o cadáver porque achava que sem a localização do corpo, que é a prova material do crime, sairia livre, mas se enganou, tanto que além de ser autuado em flagrante a Justiça já decretou a Prisão Preventiva dele”, concluiu o delegado.
Arthur Fleury disse ainda que os policiais de Guapó e do Serviço de Inteligência da Polícia Civil continuam trabalhando em buscas de novas provas e tentando identificar o local onde o agente financeiro deixou o corpo da professora.