Para adquirir bagagem para STF, Jorge Oliveira deve ser indicado para TCU
Se o plano se concretizar, ele entrará no lugar de José Mucio, que se aposenta no fim do ano
Com a escolha do desembargador Kassio Nunes como indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Jair Bolsonaro, o ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, apontado até então como favorito à vaga, deve ser indicado para o Tribunal de Contas da União (TCU). Se o plano se concretizar, ele entrará no lugar de José Mucio, que se aposenta no fim do ano.
A ideia é que Jorge adquira, nos próximos anos, bagagem para compor o Supremo. Integrantes do Palácio do Planalto afirmam que ele só deve ser indicado em uma eventual reeleição de Jair Bolsonaro, que, neste caso, faria mais duas indicações para a Corte.
Apesar de repetir ao presidente que não era o melhor nome para a primeira vaga no STF, Jorge não escondeu de pessoas próximas que ficou magoado com o movimento de Bolsonaro e de seu filho, Flávio, para escolher um novo nome. O ministro vinha se preparando para assumir a vaga de Celso de Mello, que sempre disse encarar como “missão”.
Com a saída de Jorge, o secretário de Assuntos Estratégicos, o almirante Flávio Rocha, deve ir para a Secretaria-Geral da Presidência. O plano para a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), por ora, é ter um nome ligado ao advogado-geral da União (AGU), José Levi.
Como Bolsonaro é imprevisível, alguns aliados não descartam a possibilidade do presidente voltar a sua ideia inicial e indicar Jorge Oliveira para a primeira vaga no STF.