Paraná: vídeo mostra paciente sendo agredido por servidor de UPA
O caso aconteceu no último domingo dentro da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Centro Oeste, no Jardim do Sol, em Londrina.
Um vídeo que viralizou nas redes sociais na noite de domingo (18) mostra um servidor da Prefeitura de Londrina, no Paraná, agredindo com um tapa um homem com o braço esquerdo braço engessado dentro da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Centro Oeste, no jardim do Sol. Horas depois, o prefeito Marcelo Belinati informou que determinou o afastamento do acusado, apuração dos fatos e abertura de processo administrativo para procedimentos de responsabilização.
No vídeo, gravado por uma pessoa não identificada, mostram a vítima de agressão comentando algo. No entanto, a gravação inicia com o fim de uma frase: “…escuta, né?”. Em seguida, é possível ouvir outra voz masculina: “O que é que ‘tá pegando, cara?”. E um homem de jaleco branco surge, usando a mão direita para dar um tapa na face esquerda do rapaz. O servidor afirma que a pessoa estaria tentando agredi-lo dentro de uma sala no piso superior da unidade.
Em seu perfil oficial do Facebook, Belinati afirma que “independente do que tenha ocorrido anteriormente (e que será apurado) nada justifica uso de violência”, e que “o gesto impensado acabou sendo uma agressão contra toda população de Londrina”. O prefeito comentou ainda que “o referido servidor é pago para servir a população e tem a obrigação de tratar a todos com respeito e dignidade, independente de raça, cor, credo ou situação financeira”.
“O município de Londrina tem quase 10 mil servidores que trabalham fazendo o seu melhor para bem atender e oferecer serviço de qualidade com muito respeito para com nossa população. É inadmissível que, entre tantos valorosos servidores, tenha alguém que extrapole de suas funções para agredir alguém. Na nossa administração jamais toleraremos esse tipo de comportamento”, finaliza a publicação.
A Corregedoria-Geral do Município irá apurar o caso de agressão cometida pelo servidor da UPA. Segundo o corregedor Alexandre Tranin, um processo administrativo disciplinar será aberto imediatamente e serão feitas diligências prévias para definir o tipo de afastamento aplicado ao servidor.
Tranin explicou que a medida pode se dar de duas formas: cautelar, na qual ele deixa de prestar qualquer serviço, ou retirá-lo de atendimento ao público para que realize apenas serviços administrativos. “Eu acredito que esse é o afastamento mais adequado. O servidor não terá acesso ao público, mas continuará trabalhando em um órgão interno até que sejam apurados os fatos.”