Passageiros passam noite em rodoviária de Goiânia por causa de rodovias bloqueadas
Procon Goiás encaminhará equipe à rodoviária para checar se empresas estão a prestar assistência para passageiros
Dezenas de passageiros que pretendiam embarcar em ônibus de transporte intermunicipal ou interestadual na terça (1º) e nesta quarta-feira (2), em Goiânia, tiveram que dormir ou, pelo menos, esperar longas horas no terminal rodoviário da capital. É que viagens foram canceladas por causa de bloqueios em rodovias, organizados por eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Como há relatos de que as empresas não deram assistência a esses passageiros, o Procon encaminhará equipe ao local na tarde desta quarta. “As empresas de transporte são 100% responsáveis pelo risco da operação, e o risco não pode se transferido ao consumidor”, afirma Levy Rafael Cornélio, superintendente do Procon Goiás.
As empresas discordam do posicionamento por entender que a razão do cancelamento das viagens além além do alcance delas.
Levy diz que a lei prevê direitos aos consumidores conforme o tempo de atraso das viagens. Atrasos superiores a uma hora, por exemplo, dão ao passageiro a prerrogativa de ser remanejado para outra empresa que for fazer o mesmo percurso, sem curso adicional, ou reembolso imediato do valor da passagem. A partir de três horas, a empresa tem o dever de arcar com custos de alimentação e de hospedagem.
O superintendente do Procon alerta também que, no caso dos passageiros de Goiânia que esperam há quase 24 horas, o reembolso deve ser retroativo, caso ainda não tenham prestado nenhum suporte nesse sentido.
Em nota lida na TV Anhanguera, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Intermunicipal e Interestadual de Goiás disse que 80% do serviço deve estar reestabelecido já nesta quarta.