Pastor acusado de golpes milionários pretende devolver dinheiro às vítimas

O pastor Osório José Lopes Júnior, acusado de aplicar golpes milionários em fiéis, reafirmou à Justiça que pretende devolver o dinheiro às vítimas. O processo se refere a uma investigação de 2018, em Goianésia, região central de Goiás. Osório diz que os valores repassados a ele foram “empréstimos” e precisa de cerca de cinco meses para fazer os pagamentos.

De acordo com a Polícia Civil, na época, o pastor, junto com outras duas pessoas, conseguiu cerca de R$ 15 milhões com o golpe. Também naquele período, Osório afirmava que tinha ganhado um título de R$ 1 bilhão, mas precisava de dinheiro para conseguir resgatar o valor total. Como recompensa a quem emprestasse o dinheiro, prometeu lucros até dez vezes o total repassado. Ele chegou a ser preso, mas responde em liberdade atualmente.

Mesmo respondendo na Justiça por estelionato, o pastor passou a ser novamente investigado após fazer novas promessas aos fiéis, alegando retornos vultosos a quem o repassasse valores. Para uma das vítimas, prometeu repassar mais de R$ 2 quatrilhões, valor que supera as fortunas somadas das dez pessoas mais ricas do mundo.

O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do pastor para que ele se manifestasse sobre o caso.

Pastor acusado de golpes milionários

Com relação ao caso de 2018, o pastor pediu para ser interrogado novamente, o que aconteceu no último dia 8 de novembro. Ele, que atualmente mora em São Paulo, disse que nunca esperava uma situação como essa em sua vida.

“Todas as 11 pessoas […] me emprestaram o dinheiro. Em momento algum a gente procurou [as vítimas], eles nos procuraram. […] Eu preciso de uns quatro ou cinco meses aproximadamente para conseguir reparar tudo certinho, reparar o dano. Até porque eles emprestaram e eu tenho que devolver, o dinheiro não é meu”, disse o pastor.

Osório, no entanto, não detalhou o total do valor que pretende restituir e nem como conseguirá o dinheiro. À Justiça, ele disse que é pastor e escritor e sua renda mensal é de R$ 50 mil.

Após o interrogatório, a juíza Placidina Pires deu o prazo para que as defesas e o Ministério Público apresentem seus pedidos finais com relação ao caso que, em seguida, será julgado pela magistrada.