Pastor defende LGBTQIA+ e chama Valadão e Malafaia de ‘mensageiros de satanás’; vídeo
Hermes Carvalho Fernandes diz que pregou para mostrar que evangélicos não são "tudo farinha do mesmo saco"
Em defesa da comunidade LGBTQIA+, o pastor Hermes Carvalho Fernandes expressou sua opinião de que os colegas de profissão, André Valadão e Silas Malafaia, estão propagando ódio contra gays, lésbicas, bissexuais, trans e outros grupos que fazem parte da diversidade sexual e de gênero. Durante a conferência Jesus Hope, realizada pela Igreja Betesda em São Paulo, que possui uma postura progressista, Fernandes afirmou que Valadão e Malafaia são “mensageiros de Satanás”.
O evento, intitulado “A igreja e as pessoas LGBTQIA+“, ocorreu pouco antes da Parada do Orgulho LGBT+. Na sexta-feira, dia 9, Fernandes pregou que “a homossexualidade não é um espinho na carne”, destacando que a verdadeira ferida para a comunidade homossexual é a homofobia, pois o mundo está repleto de indivíduos que propagam ódio.
Em seguida, o pastor avisou que iria mencionar os líderes evangélicos responsáveis por essas atitudes. André Valadão, líder da Igreja Batista Lagoinha Global, iniciou recentemente uma campanha contra as celebrações do mês de junho, intitulada “Deus odeia o orgulho”. Já Silas Malafaia possui um histórico semelhante, tendo, por exemplo, espalhado centenas de outdoors pelo Rio de Janeiro em 2010 para afirmar que “Deus fez macho e fêmea”, em defesa da família e da preservação da espécie humana.
Quando questionado sobre a declaração de Fernandes, Malafaia rebateu, dizendo: “Quem é esse bobalhão que não entende nada de Bíblia? Mensageiro de Satanás é ele, que distorce a palavra de Deus. Não sou eu quem define o que é pecado. Pergunta se na Bíblia dele tem Romanos 1:25-28, Apocalipse 21:8. Uma coisa é combater o pecado, outra é odiar as pessoas. Quem ele pensa que é? É um completo desconhecido que tenta atrair seguidores às custas dos outros?”
A reportagem também tentou entrar em contato com André Valadão, mas não obteve resposta.
Fernandes mencionou o “espinho na carne” do apóstolo Paulo, descrito na Bíblia como um tormento que Deus não removeu. Esse exemplo serve como um lembrete para a humildade e o temor a Deus.
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Como pastor da Reina, uma igreja mais associada ao progressismo, Fernandes criticou aqueles que sobem ao púlpito não em busca de amor e graça, mas para pregar ódio. Em seguida, justificou o motivo de mencionar Valadão e Malafaia, explicando: “Caso contrário, o mundo pensa que somos todos iguais. Não somos. Aqui há um povo que escolheu abraçar o Evangelho do amor, o Evangelho que não condena. Dentro desse segmento, há um grupo que não se submete a esse ódio”.