VÍTIMA ERA INOCENTE

Pastor é preso suspeito de inventar que sócio era estuprador e encomendar a morte, em Goiânia

Grupo de quatro jovens simulou assalto e matou Sebastião Filho Ibiapino de Miranda a facadas

Pastor é preso suspeito de inventar que sócio era estuprador e encomendar a morte, em Goiânia (Foto: Divulgação – PC)

Uma ação conjunta entre a Polícia Civil e Militar prendeu, nesta segunda-feira (21), um pastor suspeito de encomendar a morte do sócio Sebastião Filho Ibiapino de Miranda, de 41 anos, em Goiânia. De acordo com as investigações, o pastor teria convencido quatro jovens a cometerem o crime, dizendo que a vítima era um estuprador. Dois dos suspeitos de executar a morte, com idades entre 18 e 24 anos, também foram presos nesta manhã.

O delegado André Veloso contou que a vítima e os quatro jovens suspeitos frequentavam a igreja em que o pastor pregava. “O pastor tinha essa desavença na sociedade com a vítima e inventou para os jovens que a vítima era um estuprador e convenceu os quatro de cometer o crime. Em troca, eles poderiam ficar com o dinheiro da venda do carro da vítima”, contou o delegado.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e, com isso, o Mais Goiás não conseguiu identificar as defesas deles até o fechamento da reportagem.

A vítima Sebastião Filho Ibiapino de Miranda, de 41 anos (Foto: Divulgação – PC)

O crime

No dia 13 de novembro, Sebastião foi a um morro fazer um culto. O delegado contou que o pastor levou os quatro jovens ao local e fugiu. O grupo, então, simulou um assalto, rendendo a vítima e a esfaqueando várias vezes.

O grupo também filmou a vítima, já morta, sangrando, sendo levada para um córrego, onde o corpo e as facas usadas no crime foram jogadas.

A Polícia Militar recebeu uma denúncia sobre o crime e consegui localizar os quatro jovens suspeitos no último dia 19. Como não havia flagrante ou mandado de prisão, os quatro foram levados à delegacia, ouvidos e liberados.

“Informalmente, todos confessaram e falaram que o crime tinha sido encomendado pelo pastor. Eles realmente acreditaram que a vítima seria um estuprador”, disse Veloso.

A Polícia Civil pediu a prisão de todos os envolvidos à Justiça e os prendeu nesta manhã em suas casas. Eles devem responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.