Paulo Guedes quer negociar oxigênio da Amazônia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs nesta quinta-feira, em Manaus, que o Brasil estude…
O ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs nesta quinta-feira, em Manaus, que o Brasil estude uma forma de negociar com outros países a propriedade sobre a produção do oxigênio da Amazônia. Ele defendeu a criação de uma Bolsa mundial de oxigênio. Já o presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, declarou que a Região Amazônica é a “mais rica do planeta” e pode ser a “alma econômica” do Brasil.
— Queremos saber se os americanos reconhecem o direito de propriedade de oxigênio. Nós produzimos oxigênio para o mundo — afirmou o ministro, durante reunião do Conselho de Administração da Superintendência Regional da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Guedes citou os EUA como parceiros nessa negociação, o que, segundo ele, colocaria o Brasil em “outro nível”:
— Nós brasileiros somos parceiros naturais dos americanos, mas queremos saber se eles reconhecem o direito de propriedade ao oxigênio que nós produzimos.
Em outro evento, o presidente também ressaltou as vantagens da região:
— Temos biodiversidade, riquezas minerais, água potável, grandes espaços vazios, áreas turísticas inimagináveis, para alavancar nossa economia partindo daqui — afirmou Bolsonaro, ao receber homenagem em um colégio militar em Manaus. — Ao casar desenvolvimento com preservação ambiental, nós seremos a alma econômica do Brasil.
Segundo o ministro, o governo quer que Manaus seja “um centro mundial de sustentabilidade e biodiversidade”. Ele disse ainda que a Amazônia teria prioridade no desenvolvimento sustentável, mas ressaltou que o governo tem de dar atenção a todas as regiões:
— O ideal seria que o Brasil fosse uma enorme zona franca, com impostos baixos.
Há três meses, Guedes afirmou, em entrevista à Globonews, que não iria comprometer o país por causa dos incentivos à Zona Franca de Manaus e defendeu que a região busque alternativas econômicas.