SUPOSTO SUICÍDIO

Família de namorada morta não acredita em versão de delegado baleado

Paulo Bilyinskyj foi baleado e, hospitalizado, sobreviveu; Priscila Barrios foi hospitalizada, mas morreu

A família da modelo Priscila de Barrios, encontrada morta na quarta-feira (20) no apartamento onde morava, em São Bernardo do Campo (SP), não acredita na versão apresentada pelo namorado Paulo Bilyinsky, namorado da moça, de que ela teria se matado depois de baleá-lo. A informação foi divulgada pelo programa Fantástico, da Rede Globo.

Bilyinsky foi baleado e, hospitalizado, sobreviveu. Segundo a defesa do delegado, Priscila teria visto uma mensagem de uma ex-namorada do delegado e disparado seis tiros contra ele, antes de disparar contra si própria. Investigadores do caso suspeitam, na verdade, de um feminicídio.

Priscila morava até abril em Curitiba, onde trabalhava com um primo. Consultado pela Rede Globo, este primo afirmou que “a família não acredita” no relato do delegado.

“Primeiro, pelo pouco tempo de manuseio com arma”, disse o familiar, que não foi identificado. “Ela não gostava que maltratasse animal, preservava muito a vida”.

Paulo e Priscila tinham marcado o casamento para 5 de junho e já haviam começado a convidar familiares para a cerimônia. O primo afirma que ela surpreendeu os parentes ao pedir demissão no mês passado.

“No dia 14 ou 15 de abril, ela me chamou falando que gostaria de sair da empresa. Eu até falei: ‘Mas por quê? Faz tão pouco tempo que você está aqui?’ ‘O Paulo me convidou para morar com ele, a gente vai casar’. Uma coisa muito intensa, muito rápida. No dia 26 de abril, ela se mudou para São Bernardo do Campo”, contou.