PC-DF encerra briga comercial de youtubers ao prender homem que extorquia deputado federal
Há cerca de um mês, um homem manteve contato com o deputado federal Luís Miranda…
Há cerca de um mês, um homem manteve contato com o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) pedindo R$ 760 mil para encerrar a divulgação de vídeos no YouTube que acusavam o parlamentar de prejudicar investidores brasileiros nos Estados Unidos. O encontro ocorreu na noite de quinta-feira, 5, no restaurante Coco Bambu, no Lago Sul, em Brasília. Com câmeras e microfones escondidos pelo corpo e monitorado por 20 agentes da Polícia Civil do DF (PC-DF), Luís Miranda filmou Daniel Luís Mongedorff pedindo o dinheiro com a promessa de que os ataques contra o deputado cessariam imediatamente.
Sem saber que estava sendo monitorado, Mongedorff aceitou R$ 4 mil como entrada do pagamento, terminou o encontro com o deputado e seguiu para o hotel Carlton, em Brasília, onde foi preso pelos agentesl. O acusado confessou uma série de crimes ao deputado durante a reunião, como lavagem de dinheiro para políticos com a venda de diamantes. Luís Miranda prestou depoimento de madrugada.
Antes do encontro no restaurante, Mongedorff convidou Miranda para um café no hotel e pediu R$ 360 mil para excluir os vídeos do YouTube.
Segundo a oitiva do deputado, a quadrilha o atacava na internet e redes sociais para pedir dinheiro. Além de Mongedorff, outros youtubers estão sendo investigados e podem ser indiciados por extorsão, incitação ao crime, organização criminosa e difamação.
Entenda
Antes de se tornar político no Brasil, Luís Miranda morava nos Estados Unidos e publicava vídeos em sua conta no YouTube onde mostrava a qualidade de vida dos americanos e convidava brasileiros a investir no país. A partir de então, travou-se uma guerra comercial entre youtubers que ganham dinheiro com assessoria de viagens. Em um dos vídeos, um youtuber chama Miranda de caloteiro por receber dinheiro dos viajantes e não ajudá-los.
Assista a um vídeo gravado pela PC-DF enquanto monitorava o encontro:
*Com informações do Portal Metrópoles