Pesquisa Datafolha: Lula tem 48% em Minas, e Bolsonaro, 43%
Estado é considerado espelho da eleição e foi prioridade das campanhas na reta final
Em Minas Gerais, estado que é considerado um espelho do resultado da eleição nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marca 48% das intenções de votos totais ante 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL). O total de indecisos é de 3%, e os brancos e nulos, 5%.
A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 1.009 pessoas no estado de Minas Gerais, de terça (25) a esta quinta. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 04208/2022.
No cenário nacional, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais, a pesquisa Datafolha mostra vantagem de Lula, que tem 49% dos votos totais, ante 44% de Bolsonaro, 5% de brancos e nulos e 2% de indecisos.
Em Minas, no primeiro turno, Lula venceu Bolsonaro com praticamente o mesmo placar nacional —48,29% dos votos válidos (que desconsideram brancos e nulos), contra 43,60% do adversário. Nacionalmente, a contagem ficou em 48,43% para Lula contra 43,20% para Bolsonaro.
Em termos de rejeição, 50% indicam não votar de jeito nenhum em Bolsonaro, enquanto 45% rejeitam Lula.
As duas campanhas cantam vitória no estado com base em suas medições internas. Bolsonaro conta com o apoio do governador Romeu Zema (Novo), que foi reeleito no primeiro turno, derrotando o candidato de Lula, Alexandre Kalil (PSD).
Zema tem aparecido na campanha de Bolsonaro e busca angariar prefeitos para apoiar o presidente, algo que é minimizado pelos petistas, que não veem uma virada no estado.
Minas Gerais, com o segundo maior colégio eleitoral do país, é uma prioridade para as campanhas de Lula e Bolsonaro. É um estado simbólico —desde a redemocratização, todos os presidentes eleitos venceram também em Minas.
Como mostrou a Folha, em um período de sete dias, o estado já recebeu ou receberá as visitas de Lula e Bolsonaro; dos dois candidatos a vice Geraldo Alckmin (PSB) e Braga Netto (PL); além de duas das principais apoiadoras dos postulantes ao Planalto neste segundo turno: Simone Tebet (MDB) e a primeira-dama Michelle Bolsonaro.