ELEIÇÕES

Pesquisa Quaest: Lula tem 54% contra 46% de Bolsonaro em votos válidos

Atual presidente abre 15 pontos de vantagem sobre Lula no Sul do país

(Foto: Reprodução)

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 48% das intenções de voto no segundo turno da disputa presidencial, enquanto Jair Bolsonaro (PL), atual presidente e candidato à reeleição, tem 41%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Indecisos somam 7% na pesquisa, enquanto 4% pretendem votar branco ou nulo.

Em votos válidos, que excluem os branco, nulos e os indecisos, Lula teria hoje 54%, enquanto Bolsonaro chegaria a 46%. A rejeição de Bolsonaro caiu de 55% para 50%, enquanto que a de Lula oscilou dentro da margem de erro, passando de 44% para 41% o percentual de eleitores que não votariam de jeito nenhum no petista.

Os números de rejeição da Genial/Quaest, porém, não podem ser comparados diretamente com outras pesquisas presenciais como Ipec e Datafolha porque a pergunta é feita individualmente sobre cada candidato, o chamado potencial de voto que investiga rejeição, mas também certeza de voto. Já Ipec e Datafolha usam a modalidade de rejeição múltipla, na qual os entrevistados podem escolher mais de um candidato para rejeitar na mesma lista.

O candidato do PL à reeleição conseguiu melhorar a opinião do eleitor sobre seu governo. A avaliação negativa voltou a recuar e está em 38%, contra 35% de avaliação positiva, melhor resultado da série histórica.

Para metade dos entrevistados, Bolsonaro merece um segundo mandato, avanço de seis pontos em relação à pesquisa anterior, contra 48% que não consideram ele merecedor de uma segunda chance, recuo de seis pontos. Para 51%, Lula merece voltar à Presidência, uma oscilação negativa de três pontos. Outros 46% consideram que não, variação positiva de dois pontos, dentro da margem de erro.

Votos por região

No Nordeste, Lula segue liderando com com folga. Ele tem 62% dos votos na região. Mas houve um recuou considerável de nove pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, enquanto Bolsonaro avançou sete pontos e marca agora 29% das intenções de voto.

No Sul, o candidato do PL abriu 15 pontos de vantagem sobre Lula. Ele tem 53% contra 38% de Lula, mostra a pesquisa. O Sudeste continua a região decisiva para o resultado da corrida presidencial, segundo a Quaest, com empate pela quinta rodada consecutiva.

Lula segue preferido pelas mulheres (52% a 38%), mas perdeu a vantagem entre os homens e agora tem o mesmo que Bolsonaro, 45% das intenções de voto. Por faixa de renda, Lula tem a preferência de 56% dos eleitores que ganham até dois salários mínimos, contra 34% de Bolsonaro. Na faixa de dois a cinco salários mínimos, há empate técnico: 48% a 41%, com vantagem para Bolsonaro.

Motivo do voto

A Quaest também perguntou qual o principal motivo do voto de cada eleitor agora no segundo turno. Entre os que declaram preferência por Lula, 42% dizem que vão escolher o petista para tirar Bolsonaro do governo. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 45% votam nele para impedir a volta do PT.

Busca por apoio

Lula e Bolsonaro deram largada no segundo turno buscando apoio de personalidades políticas e de governadores. O petista conseguiu na quarta-feira que a emedebista Simone Tebet (MS), que terminou em terceiro lugar na disputa, declarasse apoio à sua candidatura. O ex-presidente também teve voto declarado do PDT, de governadores como Helder Barbalho (MDB) e de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além de outros tucanos históricos.

Já Bolsonaro, saiu na frente nos três maiores colégios eleitorais do país: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. E também confirmou o apoio dos governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), todos reeleitos.

A 21ª rodada da pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 10 e 13 de setembro, em entrevistas nas casas dos eleitores em 27 estados. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra.