PF apreende 268 quilos de pedras preciosas, carros de luxo e gado em operação contra pirâmide cripto; veja lista
A Polícia Federal apreendeu 268 quilos de pedras preciosas que estavam em endereços ligados a…
A Polícia Federal apreendeu 268 quilos de pedras preciosas que estavam em endereços ligados a pessoas investigadas na operação La Casa de Papel. As pedras verdes que se parecem com esmeraldas devem passar por perícia e avaliação, informou a PF.
A operação foi deflagrada nesta quarta-feira (19) em sete estados brasileiros e mirou um grupo suspeito de deixar 1,3 milhão de vítimas em 80 países e provocar um prejuízo de R$ 4,1 bilhões.
Segundo a tabela Fipe, o SUV híbrido Volvo XC 90 T-8 Inscript chega a custar mais de R$ 534 mil, dependendo do ano de lançamento.
O que mais foi apreendido pela polícia
- 35 celulares
- 15 computadores
- equipamentos eletrônicos
- documentos
- cem cabeças de gado
- 75 ovelhas
- lancha
- jet sky
- dinheiro em espécie
Nos endereços ligados aos investigados, foram encontrados R$ 21 mil, US$ 9,2 mil e 1.200 euros em dinheiro vivo. Os agentes também resgataram cerca de US$ 250 mil em criptoativos na conta dos investigados.
A Justiça também decretou o sequestro de imóveis nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
Na quarta-feira, a Justiça já havia autorizado o bloqueio de US$ 20 milhões (cerca de R$ 105 milhões) e sequestro de dinheiro em contas bancárias. Uma mina de esmeraldas que pertenceria aos investigados também foi bloqueada pelo Judiciário.
Foi justamente uma apreensão de esmeraldas, avaliadas em US$ 100 mil [cerca de R$ 528 mil], em agosto do ano passado, que motivou a investigação. Segundo a Polícia Federal, as pedras foram encontradas com dois homens que tentavam cruzar a fronteira com o Paraguai.
Operação desmontou grupo que operava pirâmides financeiras
Apontado como um dos líderes da rede Trust Investing, o músico e empresário Patrick Abrahão, marido da cantora Perlla, foi preso na manhã desta quarta em sua casa, localizada em um condomínio de luxo na zona oeste do Rio de Janeiro.
Segundo a investigação, o grupo utilizava as redes sociais como principal plataforma para atrair novos investidores e contava com apoio de uma entidade religiosa pertencente a um dos líderes para captar investidores. O esquema teria começado em 2019 e ainda estaria em funcionamento.
Patrick ostentava uma vida de luxo para seus milhões de seguidores nas redes sociais, ao lado de carros de luxo esportivos e em locais turísticos cobiçados, como Dubai, Cancún e alguns países da Europa.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do empresário até a publicação deste texto.
A polícia cumpriu outros cinco mandados de prisão preventiva de pessoas apontadas como líderes da organização.
As vítimas eram atraídas por promessas de lucro de 20% ao mês e de até 300% ao ano no mercado de criptoativos. Depois de entrar no esquema, eram influenciadas por supostas traders a atrair mais pessoas para a pirâmide, em um mecanismo que chamavam de “binário”.
O grupo que operava no Brasil alegava ser sócio de duas instituições financeiras legalizadas na Estônia, mas as investigações provaram que as empresas não existiam.
“Os investigados não tinham qualquer autorização para a captação e gestão dos recursos levantados no Brasil, na Estônia, ou em qualquer outro país, tendo ainda diversos alertas de órgãos financeiros em vários países, como Espanha, Panamá, dentre outros, no sentido da ausência de autorização e de que se tratava de esquema de pirâmide financeira”, informou a PF.