ROUBO A BANCOS

PF cumpre mandados de busca e apreensão ligados ao mega-assalto de Araçatuba

A PF (Polícia Federal) realiza operação para apurar o mega-assalto de Araçatuba (SP), ocorrido em…

A PF (Polícia Federal) realiza operação para apurar o mega-assalto de Araçatuba (SP), ocorrido em 30 de agosto. A corporação cumpre 20 mandados de busca e apreensão e ordem judicial de prisão temporária em cidades paulistas apontadas pela investigação na manhã desta terça-feira (14).

Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas após a detonação de explosivos durante a ação criminosa que tomou a cidade e fez reféns de escudo humano.

De acordo com a corporação, os mandados foram expedidos na 1ª Vara Federal em Araçatuba e foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Campinas, Piracicaba, Guarulhos e  na cidade do crime.

A pessoa detida foi encaminhada ao presídio local e permanecerá à disposição da Justiça Federal. Ela não teve a identificação relevada. 

Ainda segundo a PF, oito pessoas envolvidas no roubo foram presas e outras duas, que já foram identificadas, morreram. 

Suspeito de financiar mega-assalto de Araçatuba foi preso com produtos luxuosos

Um homem foi preso no último dia 8 de setembro suspeito de financiar o mega-assalto de Araçatuba. De acordo com a Polícia Civil paulista, o homem foi identificado como Paulo César Gabrir, de 33 anos, teria “investido” cerca de R$ 600 mil para custear toda a logística do ataque às três agências bancárias. 

O homem  tinha registro criminal por roubo e homicídio. Ele foi preso em Sorocaba, a 435 quilômetros de Araçatuba. A polícia afirma que ele estava em posse de dois carros luxuosos e documentos relacionados ao crime organizado. Há indícios que ele tenha agido em outros estados, de acordo com a corporação.

Além de Paulo, a polícia também prendeu a esposa dele , Michele Maria da Silva, de 40 anos; e Emerson Henrique Dias, de 25. Ela estava foragida por envolvimento com tráfico de drogas. Já Emerson tinha passagens por roubo.

Entretanto, no mesmo dia, a Justiça decidiu liberar o trio. Por meio de nota, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) alegou que “eles foram presos em Sorocaba pelo crime de associação criminosa, previsto no artigo 3º da Lei n.º 12.850/13″.

No entanto, o juízo do plantão de Sorocaba entendeu que não havia indício que os vinculasse ao caso de Araçatuba, porque não houve apreensão de nenhum instrumento ou produto de crime relacionado ao caso em poder dos autuados (dinheiro, armas, explosivos etc.), com exceção de uma denúncia anônima. Por essa a razão, foi determinado o relaxamento das prisões em flagrante.

Relembre o caso de Araçatuba

Pedestres e motoristas foram abordados pela quadrilha e feitos reféns na hora da fuga. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram reféns sentados no meio da rua, andando a pé e amarrados em tetos de carros, como escudos humanos.

A exemplo do que aconteceu em outros ataques semelhantes, a quadrilha atirou para cima, usou explosivos e colocou fogo em veículos para dificultar o acesso dos policiais.

Rodovias foram bloqueadas e motoristas tiveram dificuldade de acesso à cidade. Além disso, o grupo utilizou um drone para monitorar a movimentação.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou que o grupo se beneficiou de informação privilegiada para executar a ação.

Um dos feridos teve os pés amputados após explosão de bombas espalhadas em 20 pontos da cidade. Três agências bancárias foram invadidas pelos bandidos, que fizeram até escudo humano para evitar prisões.

Reféns foram colocados sobre carros (Foto: reprodução – Twitter)

Baleado enquanto filmava

Um dos mortos durante o mega-assalto foi Renato Bortolucci, Segundo a PC, a suspeita é que a vítima,  que era proprietário de um posto de combustíveis da cidade, filmava a ação dos criminosos quando foi atingido pelos disparos. Ele deixou esposa e duas filhas.

Os policiais acreditam que ele foi surpreendido pelos criminosos em um carro, pois o veículo dele foi encontrado sobre a calçada e com a marcha ré engatada. Além dele, a outra vítima morta foi identificada como Márcio Victor. O terceiro morto era um dos criminosos.

Já uma das vítimas que ficaram feridas na ação tem apenas 25 anos e teve os dois pés amputados após detonação de um dos explosivos. Ele passou por cirurgia. O jovem estava em uma bicicleta quando foi atingido e teria confundido o explosivo com um aparelho celular.

Bombas em Araçatuba
Bombas que ficaram espalhadas pela cidade (Foto: reprodução – Jovem Pan)