A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a 3ª fase da Operação Acrônimo para cumprir 40 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e em Brasília. A ação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e envolve a campanha do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, quando ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Por determinação do STJ, a investigação corre em sigilo e não serão divulgados detalhes do que foi apreendido.
A PF apura suspeitas de desvio de recursos públicos para campanhas eleitorais. A investigação começou em outubro do ano passado, quando agentes flagraram um avião no aeroporto de Brasília com R$ 113 mil, transportados por Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha do então candidato a governador Fernando Pimentel. Em junho, agentes da PF fizeram buscas no antigo comitê de campanha de Pimentel no Bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na ocasião, o governador afirmou que o ato foi de “arbitrariedade”.
A Acrônimo, desencadeada inicialmente em maio, tem também como alvos a primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, e o empresário Benedito Rodrigues, colaborador de campanhas de Pimentel e suspeito de desviar recursos de contratos do governo federal com suas empresas. Pimentel é investigado por receber vantagens indevidas de empresas que mantinham relações comerciais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vinculado ao ministério do desenvolvimento, que ele comandou de 2011 a 2014.