Canto da sereia

PF e PRF deflagram operação contra roubo de cargas em Goiás e outros cinco estados

Mandados judiciais estão sendo cumpridos em Aparecida de Goiânia. Prejuízo com subtração de mercadorias pode ultrapassar a cifra de R$ 15 milhões

A Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram nesta sexta-feira (9) a Operação Canto da Sereia, com o objetivo de reprimir crimes de desvio e receptação de carga realizados por organização criminosa em estados do nordeste brasileiro. O prejuízo com a subtração dessas mercadorias pode ultrapassar a cifra de R$ 15 milhões.

Mais de 300 policiais das duas instituições federais estão cumprindo 84 ordens judiciais expedidas pela justiça estadual de Sergipe, sendo 28 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de prisão temporária e 49 mandados de busca e apreensão em cidades dos estados de Sergipe, Bahia, Alagoas, São Paulo, Mato Grosso e Goiás.

A ação do bando consistia em aliciar motoristas para que entregassem cargas de interesse da quadrilha e, em muitas vezes, a negociação era proposta pelo próprio motorista da carga, que oferecia a mercadoria aos aliciadores. Após a negociação, o motorista registrava ocorrência policial como roubo em outro estado, para dissimular e dificultar a investigação policial. A quadrilha movimentava estrutura de logística para transbordar, transportar, esconder e negociar a carga roubada junto a uma rede de receptadores, que comprava as mercadorias provenientes dos crimes para revender em seus estabelecimentos comerciais.

Em Sergipe, os mandados judiciais então sendo cumpridos nas de cidades de Aracaju, Cristinápolis, Itabaianinha, Umbaúba, Boquim, Nossa Senhora do Socorro, Estância e Tobias Barreto. Nos demais estados, as localidades são: Euclides da Cunha e Caldas do Jorro, na Bahia; Porto Calvo, em Alagoas; Taubaté, em São Paulo; Rondonópolis, em Mato Grosso; e Aparecida de Goiânia, em Goiás.

Os autores responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude à licitação, advocacia administrativa, falsa comunicação de crime e de organização criminosa. As penas podem superar 700 anos de prisão.