PF faz operação contra garimpo ilegal que turvou água do Caribe da Amazônia
A Polícia Federal realiza uma operação conjunta com outros órgãos de fiscalização para combater o…
A Polícia Federal realiza uma operação conjunta com outros órgãos de fiscalização para combater o garimpo ilegal de ouro em áreas dos rios Crepori e Tapajós, nas proximidades da terra indígena Munduruku, nos municípios de Itaituba e Jacareacanga, no Pará.
A operação, batizada de Caribe Brasileiro, começou na manhã na segunda (14) e mira pontos de garimpo cujo aumento da atividade causou, em janeiro, a mudança de cor da água do Rio Tapajos em Alter do Chão, região conhecida pelas águas cristalinas.
O Crepori é um afluente do Tapajós, e imagens de satélite mostraram como os sedimentos produzidos pelo aumento da atividade garimpeira foram carregados e turvaram as águas cristalinas da região de Alter do Chão.
O objetivo da operação, diz a PF, é desativar os garimpos e destruir maquinário como balsas e dragas utilizadas pelas empresas na mira da PF e dos fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
São alvos dos investigadores pontos de garimpo espalhados por 5 regiões às margens do Crepori, do Tapajós e de igarapés, todos dentro da Àrea de Proteção Ambiental do Tapajós, próximos a terra indígena Munduruku.
As empresas e garimpeiros que atuam na região, segundo dados do Ibama, não têm autorização federal para o garimpo, e alguns deles possuem apenas registros emitidos pelos municípios de Itaituba e Jacareacanga e licença da Secretaria de Meio Ambiente do Pará.
Como se trata de uma Unidade de Conservação Federal, a atuação das empresas sem a autorização do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) é considerada como ilegal.