Prisão

PF prende italianos no litoral de SP suspeitos de integrar máfia da cocaína

Segundo a PF, o grupo mafioso, que está baseado na região da Calábria (na região Sul da Itália), seria o responsável pelo controle de cerca de 40% dos embarques globais de cocaína, sendo também o principal importador da droga para a Europa

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (8), dois homens suspeitos de fazer parte da máfia italiana. Eles foram detidos em Praia Grande, no litoral sul paulista. As investigações apontaram que os suspeitos integram um braço na América do Sul do grupo conhecido como Ndrangueta (lê-se Andrágta ou Andragueta).

Segundo a PF, o grupo mafioso, que está baseado na região da Calábria (na região Sul da Itália), seria o responsável pelo controle de cerca de 40% dos embarques globais de cocaína, sendo também o principal importador da droga para a Europa.

Os policiais informaram que a dupla foi presa em uma cobertura de um prédio. No local, foram encontrados armas, documentos falsos, dinheiro em espécie e veículos. Eles não resistiram à prisão e estão detidos em um local não revelado por motivo de segurança.

A ordem de prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da representação da Polícia Federal junto à Interpol que contou também com a cooperação da polícia italiana. Um dos presos já foi condenado pela Justiça italiana pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico -a pena foi fixada em 14 anos de prisão.

O segundo detido, que é filho do primeiro criminoso, ocupava ao menos três apartamentos na cobertura do prédio de alto padrão, no litoral paulista. Pai e filho estavam foragidos desde 2014. Usando documentos falsos, a dupla chegou a viver em Portugal e na Argentina antes de fixar moradia no Brasil.

A PF informou que a cobertura usada como esconderijo possuía um sofisticado sistema de vigilância, com câmera em 360 graus instalada na área externa, o que possibilitava a identificação de todas as pessoas que acessavam o prédio.

A operação foi conduzida pela Polícia Federal do Paraná e batizada de Barão Invisível.