Retração

PIB goiano recua no primeiro trimestre

Queda foi de 4% entre janeiro e março deste ano. Setor de serviços apresentou maior retração

Neste primeiro trimestre, Goiás apresentou PIB negativo em 4%, seguindo a tendência nacional que teve recuo de 5,4%. A crise política e econômica que afeta o desempenho do País desde 2014 é o principal motivo para a retração nas economias geradas no Estado. Este é o quatro trimestre consecutivo que o PIB goiano registra desempenho negativo. No Brasil, é o oitavo resultado consecutivo.

Segundo previsão de técnicos do Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), o segundo semestre deve apresentar sinais de recuperação da economia, impulsionado pela mudança de Governo e, consequentemente, pela condução da nova política macroeconômica.

De janeiro a março último, o que mais contribuiu para o recuo do Produto Interno Bruto goiano foi a queda de 7,6% da produção industrial, puxada pela queda da produção de veículos e de alimentos. O segmento de produtos químicos (adubos e fertilizantes – insumos para a agricultura) foi o único a apresentar aumento da produção e vendas.

O setor de serviços é o que apresenta maior peso na composição do PIB (61,8%). No primeiro trimestre deste ano o desempenho foi negativo em 4,9%, puxado pela retração das vendas de veículos motocicletas, móveis e eletrodomésticos além de materiais de construção.
PIB
A agropecuária fez o contrapeso com crescimento de 12% em razão do expressivo aumento das safras de soja (19%) e de arroz (5,26%), embora a de milho, que tem grande expressão agrícola no Estado, tenha diminuído 21,38%.

De acordo com estimativas dos técnicos do IMB/Segplan apenas no primeiro trimestre deste ano circularam pela economia goiana quase R$ 42 milhões. No ano passado foram R$ 166,85 milhões.