PM resgata 45 aves silvestres mantidas em cativeiro em fazenda próxima a Mairipotaba
Casal que mantinha os pássaros pretos também são suspeitos de desmatarem área de preservação permanente e de instalarem bomba d'água de forma irregular
Policiais militares do Batalhão Ambiental recuperaram cerca de 45 aves silvestres que estavam sendo mantidas em cativeiro por um casal em uma fazenda próxima a Mairipotaba. Os animais, da espécie conhecida como pássaro ou graúna, estavam feridos e com as asas cortadas.
De acordo com a PM, o viveiro clandestino foi descoberto por meio de denúncia anônima que indicava que Agmar Rodrigues Cardoso estaria colocando armadilhas no mato em volta da fazenda de sua propriedade com o intuito de capturar as aves para venda. No local, os policiais foram recebidos pelo próprio Agmar, que negou o crime.
Os agentes procederam à averiguação da região acompanhados da esposa de Agmar, Vaniza Moura de Souza Cardoso, e constataram outras irregularidades, como o desmatamento de cerca de 1.500 metros quadrados em uma área de preservação permanente. Além disso, foram encontradas várias árvores típicas do cerrado cortadas no local e observou-se que uma bomba d’água utilizada para irrigação da plantação havia sido instalada em local impróprio.
Posteriormente, os militares flagraram um viveiro, feito de tijolos e sem reboco, instalado dentro da área desmatada, onde estavam as 45 aves. Antes da descoberta por parte dos policiais, Agmar havia providenciado o corte da tela de amianto do viveiro, o que possibilitou que 30 animais escapassem. Aqueles que ficaram porém, estavam com ferimentos e as asas cortadas. Alguns estavam mortos.
Quando os policiais retornaram para efetuar a prisão de Agmar – que já possui registros por crimes ambientais — ele havia fugido. A esposa, que assumiu a responsabilidade pelo desmatamento e pela bomba d’água, foi presa e conduzida à Delegacia de Cromínia.
Os pássaros foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama.