O PMDB aguarda um posicionamento do PT sobre a composição para a eleição em Goiânia no ano que vem. Aliados em nível federal, estadual e até então municipal, os dois partidos ainda não chegaram a um acordo em torno da união. Até aqui, o certo é que os peemedebistas vão ter candidatura à prefeitura em 2016.
Desde o fim das eleições estaduais o nome unânime dentro do PMDB a partir daquele momento é o do ex-governador Iris Rezende. Dentro da legenda, todos afirmam que o partido terá candidato. A candidatura terá ou não a companhia do PT, que ainda encontra dificuldades em torno dessa decisão. Alguns líderes defendem que o PT também tenha candidato.
No Partido dos Trabalhadores, a tese é que a agremiação tem o comando do executivo municipal e que por isso estar na vice do PMDB não estaria condizente com seu espaço. Já o PMDB teme que o mau momento atravessando pela administração municipal possa respingar no cabeça de chapa.
Há dentro da sigla petista o sentimento de que a união já foi por água a baixo, pelo menos no primeiro turno. Nota-se isso quando o prefeito Paulo Garcia diz, em eventos, que o PT tem “candidatos e candidatas” para sucedê-lo. E quando o diz, diz olhando para a deputada estadual Adriana Accorsi (PT). A tendência de junção existe, mas pelo momento atual seria difícil encontrar força, defendem alguns.
Ainda pelo lado dos petistas, existe o temor que a fragmentação da aliança transfira força para o grupo governista, a exemplo do que aconteceu nas eleições para governo. Jogar as fichas em Iris Rezende para os peemedebistas é jogo ganho, entretanto, dentro do PT há quem diga que a vitória ainda não pode ser proclamada, apesar da força do veterano político.
Candidatura petista
Forte defensor de que o partido lance um nome à disputa pelo Paço, o deputado estadual Humberto Aidar (PT) é claro em seus discursos. Para ele, o PT tem que lançar candidatura própria à prefeitura. Por estar no comando do executivo, o legislador acredita que seu partido tem totais condições de reverter cenário atual de desaprovação.
Aidar trabalha para que o partido tenha candidatura e neste momento o nome favorito para ele é o do suplente de deputado federal Edward Madureira (PT). Ao lado de Edward, Humberto coloca também a deputada estadual Adriana Accorsi (PT) e o deputado estadual Luis Cezar Bueno (PT).
Ex-vereador e eleito por cinco vezes na Assembleia, Humberto Aidar disse que o PT não deve apoio para o PMDB por ter recebido apoio na eleição de 2012. “Não há isso. Não temos esse compromisso. Inlcusive não houve na eleição de 2014”, lembra. Ele também não descartou ser candidato. “Tendo dito que não morro de amor por isso, mas não quero ficar de fora do processo. Se for para uma convenção eu vou para o processo”, diz o petista.
O legislador petista desabafa dizendo que muitos peemedebistas não acreditam que Paulo Garcia vai melhorar a sua administração perante a opinião pública e acham que o Iris vai ganhar de qualquer jeito. “Acredito que o Paulo vai melhorar, mas o PMDB não quer enxergar. Eles estão achando que já ganharam a eleição com o Iris”, desabafa.
Humberto Aidar foi claro em seu discurso ao dizer que o PMDB não acha o PT uma boa companhia e emenda que a tendência é a de ruptura. “Tudo caminha para que o PT lançar candidato. Hoje o PMDB não nos quer. Como é que você vai andar com alguém que não te acha boa companhia. É preciso ter coragem de dizer isso”, declara Aidar.
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