INVESTIGAÇÃO

Polícia acredita que empreiteiro desaparecido no DF foi morto e enterrado em mata de Goiás

Três pessoas foram presas por participação no crime até esta sexta-feira (16)

Polícia acredita que empreiteiro desaparecido no DF foi morto e enterrado em mata (Foto: Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil do Distrito Federal acredita que o empreiteiro Daniel Carvalho, de 31 anos, desaparecido desde 26 de outubro, foi morto e enterrado em alguma mata de Goiás. Três pessoas foram presas por participação no crime até esta sexta-feira (16); um quarto suspeito continua foragido.

A polícia ressalta que o corpo da vítima ainda não foi encontrado. Porém, as investigações apontaram que haviam manchas de sangue do empresário no carro dos suspeitos.

André Leite, delegado responsável pelo caso, revelou que a polícia acredita que o chefe do grupo, que já está preso, conhecia a vítima e organizou o sequestro. “Hoje, a polícia pode dizer com convicção que o crime foi muito planejado e que vítima e o líder dos sequestradores se conheciam. Por isso, não teria como ele sair viva desse sequestro. O principal suspeito aparentava ser pessoa acima de qualquer suspeita, trabalhava com musicalização de crianças especiais, mas se mostrou extremamente frio e sem qualquer tipo de remorso”, afirma.

O crime

Apurações mostram que Daniel Carvalho sumiu no dia 26 de outubro, após sair de uma igreja em Taguatinga (DF). Ele teria sido seguido por um carro de cor vermelha, que colidiu contra a caminhonete que ele dirigia para forçar uma parada.

Após parar o veículo, ele foi abordado por três assaltantes, colocado no interior do veículo e levado para um local ainda desconhecido pelos investigadores – a polícia, porém, acredita que seja um cativeiro.

Em 28 de outubro, aconteceu o último envio de um mensagem de áudio para familiares de Daniel. Conforme as investigação, nesse período foram feitas diversas transações via PIX para diferentes contas até que o limite fosse excedido. Os suspeitos também teriam feito compras no cartão de crédito da vítima.

A polícia aponta que a partir daí o principal suspeito do crime passou a utilizar o celular de Daniel, passando-se por ele para enganar a família e para pedir dinheiro a amigos. Nas mensagens, o sequestrador convencia os parentes a não procurarem a polícia.

As apurações apontam que o preso dificultou as investigações, planejou todo o crime e tentou fazer com que a família acreditasse que o empreiteiro tinha desaparecido por vontade própria, porque estaria devendo a agiotas.

Além das transações e compras, os suspeitos também retiraram móveis da casa de Daniel, para ratificar a história que ele quis desaparecer. Parte dos móveis foram encontrados em uma residência no Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, e outra parte na casa do quarto suspeito que continua foragido.

Já a caminhonete do empreiteiro, que também foi utilizada pelos sequestradores, foi vista em um estacionamento de um mercado em Novo Gama, onde o veículo utilizado no sequestro também foi encontrado.

A polícia continua com as investigações, com intuito de identificar todos beneficiários de valores transferidos via PIX. Se comprovada a participação dessas pessoas, todos poderão responder criminalmente.

Com informações do G1