Polícia Civil indicia cinco vereadores eleitos em Inhumas
Eles são acusados pelas práticas de compra de votos e caixa 2 e podem não tomar posse
A Polícia Civil indiciou 24 pessoas por crimes referentes às eleições deste ano, em Inhumas. Dentre os acusados estão cinco candidatos eleitos, que teriam praticado compras de votos no município.
As investigações foram realizadas em parceria com o Ministério Público Eleitoral (MPE) e tiveram início em setembro, ainda durante o pleito. “Como estávamos recebendo denúncias de que estaria havendo compras escancaradas de votos, nós decidimos pedir diversos mandados de busca e apreensão a serem cumpridos nas casas dos candidatos e em postos de combustíveis”, revela o delegado Humberto Teófilo.
A polícia constatou durante as apurações que diversos eleitores receberam vantagens indevidas em troca de votos. Entre os itens entregues pelos candidatos estão combustíveis, cadeiras de rodas, cimento e até sorvete.
“Após concluirmos que houve corrupção eleitoral, nossa segunda conclusão foi a de que os candidatos praticaram o crime de falsidade ideológica, conhecido também como caixa 2”, afirma Humberto. “Após os candidatos apresentarem suas prestações de contas, a Polícia Civil verificou que eles não só inseriram declarações falsas como omitiram gastos e despesas com cabos eleitorais.” As prestações de contas teriam indicado, inclusive, doações de campanha feitas por beneficiários do Bolsa Família.
Os indiciamentos foram oficializados nesta quinta-feira (17). Os candidatos eleitos que são alvo das investigações são: Bruno de Paula Vaz (PDT), Marcelo Lopes Vila Verde (PDT), Gleiton Luiz Roque (vulgo Tumate – PTB), Vinícius de Paula Silveira (Cebola – PSL) e Virani Vila Verde Álvares (Pros). Apesar de terem praticado os mesmos tipos de crime, as ações foram realizadas de forma independente, assim como as investigações, que se dividiram em cinco blocos.
Outros três candidatos indiciados não foram eleitos. São eles: Wemerson Leite Barbosa (Wemerson do Táxi – Pros), Antônio Petrônio da Rocha (Irmão Petrônio – PRTB) e Adenilson Pessoni (Dr. Adenilson – PMDB).
Conforme Humberto, as documentações já estão sendo analisadas pelo MPE e pela Justiça Eleitoral. Caso comprovado o caixa 2, os indiciados eleitos podem nem ser diplomados no dia 1o de janeiro.