Polícia decide não indiciar vereador de Porto Alegre por importunação sexual
Estagiária do gabinete de Mauro Pinheiro (PL) acusou Leonel Radde (PT) de segurar os quadris dela durante sessão na Câmara de Porto Alegre
A Polícia Civil enviou ao Ministério Público (MP) sem indiciamento a denúncia de importunação sexual contra o vereador e pré-candidato a deputado estadual Leonel Radde (PT). Em julho, Franciele Silva, de 25 anos, estagiária da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, registrou um boletim de ocorrência por importunação sexual.
De acordo com ela, o parlamentar teria segurado em seus quadris durante uma sessão. Agora, cabe ao MP se manifestar.
No Twitter, Radde comemorou a decisão policial: “Acabei de ser informado de que fui inocentado no Inquérito Policial que tramitava na Delegacia da Mulher, envolvendo uma denúncia absurda de importunação sexual movida por uma estagiária, militante da extrema-direita e antifeminista. Fascistas, não passarão!”.
Relembre o caso
Em julho deste ano, Franciele Silva e Leonel Radde registraram boletins de ocorrência um contra o outro após um episódio que teria ocorrido durante a recepção de doulas (assistentes de parto) na Casa.
De acordo com o petista, ele estava no gabinete quando escutou que seria a hora de tirar foto com as homenageadas e correu em direção ao plenário.
À época, a estagiária alegou que ele teria segurado seu quadril com as duas mãos e que a vereadora Mari Pimentel (NOVO) percebeu a aproximação. Procurada, Pimentel não se manifestou.
“Ela registrou o B.O. logo depois da minha fala sobre Marcelo Arruda (militante que foi morto no último sábado por um bolsonarista). Em seguida, questionei o fato de Bobadra ter presidido uma sessão estando cassado. Eu corri pelo corredor entre dez pessoas, foram quinze segundos. Pedi licença como se estivesse em um ônibus lotado”, disse Radde, em julho.
Antes de se tornar estagiária, Franciele Silva já tinha tido embates políticos com o vereador em ao menos duas ocasiões: quando ela liderou a invasão à Câmara como parte do movimento anti-vacina, em outubro do ano passado, e num debate sobre as urnas eletrônicas. Nas redes sociais, Franciele Silva se intitula como conservadora, antifeminista e pró-vida.